22/Sep/2025
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) apresentou na quinta-feira (18/09), em Santos (SP), o Programa Caminho Verde Brasil a representantes do Departamento de Relações Econômicas Internacionais da China. A iniciativa busca atrair investimentos internacionais para a recuperação de 40 milhões de hectares de pastagens degradadas nos próximos dez anos. A iniciativa já conta com R$ 30,2 bilhões, obtidos por meio do Eco Invest Brasil, para financiar a primeira fase do projeto e recuperar até 3 milhões de hectares de terras abandonadas ou pouco produtivas. Desse total, a Amazônia receberá R$ 3,5 bilhões, a Caatinga R$ 3 bilhões, o Pampa R$ 1,2 bilhão e o Pantanal R$ 1,1 bilhão. Foi apresentado dois modelos de investimentos para o grupo. Um deles é o Equity, modelo que prevê a aquisição de propriedades rurais em sociedade com agricultores brasileiros.
Neste caso, o investidor estrangeiro se torna sócio minoritário das terras e os recursos são direcionados para a restauração do solo e para aumentar a produção, aplicando tecnologia e assistência técnica. O outro modelo é o Barter, em que o financiamento é pago com parte da produção obtida nas terras recuperadas. A comitiva demonstrou muito interesse nas propostas e aproveitou para esclarecer dúvidas. Novas agendas serão marcadas para dar continuidade na negociação com a China. A reunião com a comitiva chinesa teve a participação de integrantes do Ministério da Fazenda, incluindo a embaixadora Tatiana Rosito, secretária de Assuntos Internacionais. A Autoridade Portuária apresentou a estrutura e os investimentos no Porto de Santos (SP). Em seguida, os participantes da reunião fizeram uma visita técnica ao Porto de Santos, de barco, onde puderam conhecer um pouco da estrutura e da movimentação.
O Programa Caminho Verde Brasil cria condições para um expressivo aumento da produção de alimentos e de biocombustíveis, sem desmatamento de novas áreas de matas nativas. O Caminho Verde Brasil promove a segurança alimentar, apoia a transição energética e conserva o meio ambiente. reforça a posição estratégica do Brasil na agenda global de desenvolvimento sustentável. Os produtores interessados em aderir ao programa poderão obter crédito com taxa de juros abaixo do mercado, em um dos 10 bancos vencedores do leilão: Banco do Brasil, BNDES e Caixa Econômica Federal, BTG, Itaú, Bradesco, Santander, Banco Votorantim, Rabobank, Safra. Para isso, é necessário assumir o compromisso de não desmatar novas áreas pelo prazo do financiamento e de fazer balanço anual de carbono, entre outras condicionantes. Fonte: Ministério da Agricultura. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.