22/Sep/2025
O Brasil é um dos países mais interessados em mitigar os efeitos do aquecimento global e, ao mesmo tempo, é o que possui maior capacidade de prover soluções climáticas para o mundo. A afirmação foi feita pelo enviado especial para a Bioeconomia da COP30, em palestra integrante da sexta edição dos Diálogos pelo Clima, circuito de debates técnico-científicos promovido pela Embrapa em preparação para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.
O Fórum Brasileiro de Mudança do Clima apresentou os paradigmas do DES envolvimento (não inclui as pessoas) versus BIO envolvimento (parte delas como centro de todas as esferas). A solução passa pela criação de um modelo econômico para os biomas, onde a economia se encaixa nos ciclos biogeoquímicos naturais. A Embrapa destacou que a chave para o sucesso reside na colaboração e em uma agenda de multilateralismo. A “soberania alimentar e climática” deve nortear as discussões.
As regiões semiáridas precisam ser levadas em consideração nas propostas e nos acordos internacionais elaborados durante a COP. A Secretaria de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social (Sedes), do MCTI, ecoou a ideia de uma construção coletiva, destacando a importância da sociedade civil e dos movimentos sociais por meio da transferência da tecnologia e de sua incorporação pelos povos resilientes. Foram elencados três objetivos para a bioeconomia na COP30:
- Agricultura regenerativa: reverter a perda de natureza e biodiversidade, ampliar o uso da biodiversidade dos sistemas alimentares e recuperar terras degradadas.
- Socioeconomia: garantir a ampliação de projetos e recursos para comunidades tradicionais e povos indígenas e estruturar o uso de bioinsumos das cadeias da sociobiodiversidade para que possam alcançar mercados globais.
- Biotecnologia: ampliar o investimento em biocombustíveis, alavancando as cadeias de Sustainable Aviation Fuel (SAF) e de bio-bunker (frete marítimo).
Fonte: Embrapa. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.