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19/Sep/2025

Setor Industrial reage contra manutenção da Selic

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considerou "injustificada" a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa de juros Selic em 15% ao ano. Não existe crescimento sustentável com juros ‘estratosféricos’. Não existe inovação, reindustrialização, crédito acessível. O que existe é a paralisia nos investimentos produtivos com sequelas para toda a sociedade. Para a entidade, é essencial que o Banco Central inicie o ciclo de cortes da Selic já a partir da próxima reunião do Copom, em novembro. Em paralelo à redução da Selic a ser feita pelo Copom, é fundamental que se construa um pacto de toda a sociedade em torno da agenda do ajuste das contas públicas, baseado na redução das despesas, de forma a melhorar a sintonia entre as políticas fiscal e monetária e, com isso, assegurar a redução expressiva e sustentada dos juros. Além dos problemas causados pela elevada taxa de juros, o setor produtivo enfrenta cenário adverso e de perda de competitividade em razão dos aumentos das alíquotas do IOF sobre operações de crédito e câmbio e o tarifaço imposto pelos Estados Unidos às exportações do Brasil.

Segundo análise do Rabobank, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central adotou um tom conservador no comunicado de quarta-feira (18/09) para afastar a precificação de potenciais cortes de juros em 2025, e a expectativa ainda é de que a Selic só comece a cair no segundo trimestre de 2026. A projeção de inflação feita pelo Copom para o primeiro trimestre de 2027, que marca o horizonte relevante da política monetária, continuou em 3,4%. Além disso, o colegiado manteve o balanço simétrico de riscos à inflação, "tanto de alta quanto de baixa", ainda que mais elevados que o usual, e reiterou a manutenção por período bastante prolongado da Selic em nível elevado. Assim, não é esperado que o Copom corte a Selic em 2025. Por enquanto, parece que manter a Selic em 15,00% até o final do primeiro trimestre de 2026 ajudará a aproximar a projeção de inflação do Copom a 3,0% no horizonte relevante. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.