18/Sep/2025
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o País já recuperou 5 milhões de hectares de pastagens degradadas desde 2023 com financiamentos com juros atrativos a produtores rurais. Nos três últimos Planos Safras, foram destinados R$ 21 bilhões com as menores taxas de juros de 7% ao ano, 2 anos de carência e 10 para amortização para recuperação de áreas degradadas. Neste ano, a taxa passou a 8% ao ano com a Selic mais alta, mas ainda bem atrativa, afirmou Fávaro. Esses recursos foram desembolsados por meio do Renovagro (Programa de Financiamento a Sistemas de Produção Agropecuária Sustentáveis, antigo ABC+) no âmbito do Plano Safra.
O ministro destacou que o leilão do Eco Invest Brasil, lançado pelo Tesouro Nacional, permitirá a recuperação de mais um 1 milhão de hectares degradados com oferta de R$ 30 bilhões a financiamentos de juros abaixo de dois dígitos. As iniciativas compõem o Caminho Verde Brasil, programa que prevê a recuperação e conversão de 40 milhões de hectares de áreas degradadas em áreas produtivas em dez anos. É um plano para direcionar o futuro da agropecuária. Não é preciso crescer sobre desmatamento. O Brasil pode intensificar a produção de alimentos em áreas de degradação com proteção ao meio ambiente, observou o ministro.
Fávaro defendeu ainda que a remuneração da floresta em pé seja discutida na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30). "Não estamos olhando a COP como evento para ter recorde público ou de grandes países verem o turismo do Brasil, queremos discutir o enfrentamento às mudanças climáticas e políticas públicas do meio ambiente. O Brasil quer chamar à responsabilidade no centro da Floresta Amazônica, uma floresta tão importante para a estabilidade climática do mundo precisa ser remunerada", justificou o ministro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.