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16/Sep/2025

China se opõe às restrições ao petróleo da Rússia

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, afirmou que o governo norte-americano não imporá tarifas adicionais sobre produtos chineses para conter a compra de petróleo russo, a menos que países europeus também adotem medidas semelhantes contra China e Índia. "Esperamos que os europeus façam a parte deles, e não avançaremos sem eles", disse em entrevista às margens das conversas Estados Unidos-China em Madri, ressaltando a necessidade de reduzir a receita russa com a guerra na Ucrânia. Bessent também revelou que a ameaça de banimento do TikTok levou o governo chinês a retirar exigências de concessões tarifárias, permitindo a assinatura de um acordo-base que preserva os interesses de segurança nacional dos Estados Unidos e mantém "características chinesas" do aplicativo. O próximo ciclo de negociações pode prorrogar a trégua tarifária por mais 90 dias, até o prazo de 10 de novembro.

O principal negociador comercial da China, Li Chenggang, caracterizou as reuniões que teve com autoridades americanas em Madri como "francas, profundas e construtivas", mas voltou a criticar as sanções que os Estados Unidos mantêm sobre o país asiático. Os dois lados reconheceram completamente que uma relação comercial e econômicas entre Estados Unidos e China estável é de significativa importância para os dois países. Também é de grande impacto para a estabilidade e desenvolvimento da economia global. Ele defendeu o diálogo para a solução de divergências. A China expressou "graves preocupações" em relação a sanções dos Estados Unidos contra empresas do país asiático. "Exortamos Estados Unidos a removerem as medidas restritivas o mais rápido possível", destacou. O Ministério do Comércio da China se opõe a restrições econômicas e comerciais sob o "pretexto" de compra do petróleo da Rússia.

Os Estados Unidos teriam pedido a aliados do G7 para impor sanções de 50% a 100% contra a China. A imposição de tarifas secundárias, com o interesse de coagir partes relevantes, é um exemplo clássico de intimidação unilateral e coerção econômica. O Ministério do Comércio da China acusou a medida de violar o consenso alcançado entre líderes chineses e norte-americanos, além de ameaçar impactos severos no comércio e na estabilidade de cadeias de oferta global. Se qualquer parte prejudicar os interesses da China, serão tomadas as medidas necessárias para protegê-los. O ministério chinês pediu que os Estados Unidos exerçam cautela em suas ações, resolvam diferenças econômicas com a China por meio do diálogo e trabalhem em conjunto para garantir a ordem comercial mundial e a estabilidade das cadeias de produção. Fontes: Reuters e Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.