16/Sep/2025
A Administração Nacional de Estatísticas da China (NBS) afirmou, nesta segunda-feira (15/09), que a economia chinesa manteve resiliência em agosto, mas enfrenta um quadro de incertezas. O ambiente externo é complexo e severo, com muitos fatores instáveis e incertos. Parte das empresas chinesas enfrenta dificuldades de operação. A dificuldade das empresas ocorre porque no mercado interno, a oferta é forte, mas a demanda é fraca. O consumo e os preços seguem como prioridades. É preciso fortalecer as políticas para expandir a demanda doméstica, estimular o consumo e promover a recuperação razoável dos preços. Medidas de estímulo já mostram efeitos, como nas vendas de eletrodomésticos e veículos elétricos. Dados da indústria e varejo na China mostraram sinais de fraqueza. A produção industrial, por exemplo, cresceu 5,2% na comparação anual de agosto, desacelerando em relação ao ganho de 5,7% de julho. As vendas no varejo chinês, por sua vez, avançaram 3,4% em agosto, na comparação anual.
O resultado também veio abaixo do desempenho de julho, quando houve alta de 3,7%. O setor imobiliário continua sob pressão, mas a sinalização é de estabilização gradual. O mercado de imóveis ainda passa por ajustes, mas as vendas e os preços vêm registrando queda mais lenta e o estoque de unidades encolheu por seis meses seguidos. Esforços locais de desestocagem já mostram resultados. A economia segue em trajetória de recuperação, mas será necessário expandir a demanda, estabilizar o emprego e continuar a promover o desenvolvimento estável e saudável da economia. O presidente da China, Xi Jinping, reforçou a importância de integrar vendas domésticas e exportações na construção de um mercado nacional unificado, em artigo publicado na revista Qiushi. Ele destacou que esse processo é essencial não apenas para o crescimento econômico, mas também para que o país "conquiste vantagem" na competição internacional. A prioridade é "promover a integração do comércio interno e externo", criando canais que permitam que produtos voltados à exportação sejam absorvidos pelo consumo doméstico.
Ele defendeu ainda a elevação da compatibilidade entre padrões internos e internacionais, além do desenvolvimento de plataformas de serviços que atendam de forma conjunta às duas frentes de mercado. O presidente chinês também alertou para distorções que ainda dificultam o avanço da unificação, como a concorrência de preços baixos entre companhias, práticas irregulares em licitações públicas e o que chamou de desvios na avaliação de desempenho de autoridades locais. Para enfrentar esses problemas, Xi defendeu ajustes em leis, maior transparência e punições rigorosas para violações. Segundo Xi, a construção do mercado nacional unificado é "tanto uma batalha difícil quanto uma luta de longo prazo" e dependerá da coordenação entre governo central, administrações locais e empresas privadas para gerar a "força conjunta" necessária ao projeto. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.