15/Sep/2025

O Ministério da Fazenda estima que as tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros têm potencial para retirar 0,2% do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do País no período de agosto de 2025 a dezembro de 2026. A resposta do governo, batizada “Plano Brasil Soberano”, poderia reduzir esse impacto pela metade, a 0,1%. Esses impactos tendem a ser ainda menores se levadas em consideração medidas como o diferimento de tributos, as compras públicas e as exigências de manutenção de empregos. O Plano Brasil Soberano permite mitigar em grande parcela o impacto negativo das tarifas na economia brasileira. As estimativas não incorporam choques de confiança, aumento da volatilidade financeira ou deterioração das condições de crédito.

Além disso, consideram a aplicação de tarifas de 50% para 40% das exportações brasileiras aos Estados Unidos, comparando esse cenário com a aplicação de tarifas de 10%, além daquelas da Seção 232. O impacto total das tarifas é compatível com uma perda de aproximadamente 138 mil postos de trabalho até dezembro de 2026, caindo a 65 mil com a aplicação de medidas de socorro. Dos 138 mil totais, 71,5 mil seriam perdidos na indústria, ou 0,4% do estoque total de postos do setor. Em seguida, entre os mais afetados, aparecem os serviços, com perda estimada de 51,8 mil vagas (-0,1%); e a agropecuária, com o fechamento de 14,7 mil empregos (-0,1%). A taxa de desemprego aumentaria 0,1% no período e a inflação medida pelo IPCA aumentaria 0,1%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.