15/Sep/2025

Segundo o Google Cloud, as condições de energia limpa e barata no Brasil colocam o País como um possível centro de treinamento dos modelos de inteligência artificial (IA). A big tech está avaliando a demanda de empresas ao redor do mundo para data centers brasileiros. No dia 10 de setembro, a empresa anunciou que vai instalar na sua infraestrutura sediada em São Paulo os chips TPU Trillium, que têm foco em processamento de IA. Os serviços de computação em nuvem do Google são usados por nove dos dez principais laboratórios de inovação do mundo, e essas instituições podem escolher a localização onde os seus dados ficam armazenados.

O Google Cloud já discute com alguns clientes para que a localização da nuvem fique no Brasil. Além disso, a sexta geração de TPUs (uma tecnologia de processadores criada pelo Google) servirá para clientes brasileiros que queiram rodar suas aplicações de IA localmente. Essa preferência pode existir por motivos de latência (tempo que os dados levam para serem transmitidos) ou mesmo por exigência regulatória. O uso da capacidade de processamento do Google para geração de mídias que vão além do texto já se equipara ao do Gemini, a inteligência artificial generativa da empresa.

Há um pacote de ferramentas que o Google chama de mídia generativa, com aplicações para criar imagens, vídeos e áudios. No uso corporativo, um exemplo é o Chirp, que cria vozes personalizadas usadas em call centers. É uma forma de a empresa ter uma voz para a marca. O Google Cloud também anunciou que organizações brasileiras poderão usar a versão do modelo de linguagem Gemini 2.5, mantendo dados em seus próprios data centers. A mudança permitirá que empresas tenham acesso à tecnologia mais recente sem comprometer segurança e desempenho. O Serpro, serviço estatal de tecnologia da informação, já utiliza os serviços Google e será beneficiado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.