12/Sep/2025

Segundo o Ministério da Agricultura, o modelo de seguro rural dos Estados Unidos é superior ao brasileiro e é preciso fazer mudanças na estrutura de subvenções do País. No Brasil, a maior parte dos recursos públicos vai para financiamento, enquanto, nos Estados Unidos, a prioridade é o seguro. O seguro rural brasileiro compete por recursos com o crédito subsidiado. O seguro deveria ser maior no Brasil. Mas ele compete com o nível de subvenção oferecido para o financiamento. Seria interessante uma migração gradual do modelo brasileiro.

O orçamento é único. Tem de fazer escolha e deve haver uma progressão ao longo do tempo migrando da subvenção do financiamento para a subvenção do seguro. Foi citada a tentativa frustrada de blindar os recursos do seguro rural no orçamento passado, mas foi vetada pela área econômica do governo contra vontade do Ministério da Agricultura. Números ilustram o desequilíbrio entre os programas. O Proagro vem ao longo dos últimos anos tendo um custo para o Tesouro de R$ 10 bilhões, R$ 7 bilhões, este ano R$ 5 bilhões, enquanto o PSR (Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural) ao longo desses últimos anos atingiu R$ 1 bilhão.

Então, tem de haver um rearranjo para que, com o mesmo recurso, seja possível atender uma área e o número maior dos produtores. O Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) é a base técnica para ampliar o seguro. O Zarc é um programa de sucesso construído pelo Ministério da Agricultura, em parceria com a Embrapa. A base de uma série histórica de mais de 30 anos dá, estatisticamente, as melhores janelas de plantio. O seguro rural poderia ter mitigado perdas recentes. Se o seguro estivesse valendo, a situação do produtor rural seria mais confortável, principalmente no Rio Grande do Sul. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.