12/Sep/2025

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) avalia criar um fundo garantidor para pequenos e médios produtores rurais, inspirado no mecanismo já usado para micro e pequenas empresas. A ideia é baratear o crédito para quem tem menos garantias e hoje enfrenta juros mais altos. O Fundo Garantidor de Investimentos (FGI) funciona como um “fiador” do tomador sem colateral suficiente. Ao reduzir o risco da operação, os bancos conseguem cobrar juros mais baixos. Seria um FGI específico para o setor rural.

Ocorre o mesmo problema: o pequeno e médio produtor paga muito mais juros em virtude do risco do que da taxa básica. Comparando as condições atuais: a taxa média para pessoa jurídica é de cerca de 40% ao ano, enquanto grandes produtores operam entre 18% e 20%. Portanto, se alguém está pagando 60%, 70%, 80%, são os pequenos. O instrumento já mostrou resultado no crédito empresarial: o limite de operações do FGI passou de R$ 8 bilhões para R$ 80 bilhões, ampliando a oferta de financiamento. Como a maioria dos tomadores paga em dia, o fundo se sustenta e permite liberar novos recursos.

Também foi destacado o caráter “democrático” do mecanismo: todos os bancos podem acessar o fundo. Assim, se um produtor não obtiver crédito em uma instituição, pode buscar em outra que opere com o garantidor. Esse mecanismo se mostrou muito importante. A proposta de um FGI Rural ainda está em análise técnica, mas, na avaliação do BNDES, tem potencial para abrir caminho a juros mais acessíveis para milhares de produtores que hoje encontram barreiras ao financiamento. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.