12/Sep/2025

O Insper Agro Global defendeu a necessidade de o Brasil avançar na diversificação de destinos e produtos para o agronegócio. A pauta exportadora do País ainda é concentrada em poucos grupos de commodities, o que limita o potencial de expansão. A pauta é muito concentrada, com dez grandes grupos de produtos. É preciso fazer muito mais. A diversificação é um movimento estratégico diante do cenário global em mudança pela política tarifária adotada pelos Estados Unidos. O Brasil reagir estrategicamente às novas exigências comerciais. O Brasil sempre foi liberal em relação à exportação agrícola e protecionista na importação.

Mas, quando um país chega e diz: 'eu compro mais de você porque quero gerar mais trabalho e renda', a resposta precisa ser estratégica. Não basta focar apenas em mercados externos. É preciso pensar também em um mercado interno diferenciado, com segmentos e nichos. Isso poderia ser feito em maior escala. O agronegócio brasileiro enfrenta um cenário internacional cada vez mais incerto, marcado pelo enfraquecimento das instituições multilaterais e pela adoção de políticas protecionistas por parte dos Estados Unidos. É o fim das ‘regras do jogo’. Sem regras e instituições fortes, o mundo não funciona.

“É como um jogo de futebol sem juiz”, disse, ao destacar organismos como a Organização Mundial do Comércio (OMC), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e até as conferências do clima (COPs). A situação atual vai além da disputa entre Brasil e Estados Unidos. O caso é muito mais sério, pois trata-se de uma mudança da ordem global. Os Estados Unidos têm adotado uma política de “fragmentação”, o que pode fechar mercados e comprometer a lógica do comércio internacional baseada nas vantagens comparativas. A incerteza atual exige atenção, preparo, debate e adaptação do Brasil. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.