11/Sep/2025
O dólar fechou esta quarta-feira (10/09) em baixa ante o Real, pouco acima dos R$ 5,40, após dados de inflação ao produtor nos Estados Unidos reforçarem a perspectiva de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na próxima semana, em um dia em que os investidores também seguiram atentos aos desdobramentos do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF. A moeda norte-americana fechou em baixa de 0,53%, a R$ 5,40. No ano, a divisa acumula baixa de 12,49%. O relatório do Departamento do Trabalho dos Estados Unidos mostrou que o Índice de Preços ao Produtor (IPP) para a demanda final caiu 0,1% em agosto, após aumento de 0,7% em julho, em dado revisado para baixo.
Economistas previam que o IPP subiria 0,3% no mês passado, após alta de 0,9% relatada anteriormente em julho. Em reação, o dólar perdeu força ante várias moedas ao redor do mundo, abrindo espaço para um recuo das cotações também no Brasil. Após atingir a maior cotação da sessão de R$ 5,44 (+0,09%), o dólar à vista marcou a mínima de R$ 5,39 (-0,68%), em meio à leitura de que o IPP reforçou as apostas de corte de juros pelo Federal Reserve na próxima semana, o que, em tese, favorece a atração de investimentos pelo Brasil. Internamente, os agentes se mantiveram atentos ainda ao julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado. Com o voto do ministro Luiz Fux para absolver Bolsonaro, o placar agora está em 2 a 1 contra o ex-presidente.
No entanto, o processo em si não influencia os ativos, mas sim possíveis novas ações de retaliação dos Estados Unidos ao Brasil. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA, o índice oficial de preços, caiu 0,11% em agosto, após a alta de 0,26% em julho. No acumulado de 12 meses até agosto, o índice teve alta de 5,13%. Economistas projetavam queda de 0,15% no mês e elevação acumulada de 5,09% em 12 meses. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,02%, a 97,821. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.