10/Sep/2025

Segundo o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, o Brasil já reúne todas as condições para se consolidar como uma potência verde desde que consiga eliminar o desmatamento e integrar a conservação às cadeias produtivas. O Brasil é uma potência verde. A área de vegetação nativa nacional equivale a mais da metade do território europeu. E mais da metade dessa área está nas mãos de produtores rurais. Essa realidade é um diferencial estratégico: se o País for capaz de construir uma agenda que valorize essas áreas como ativos, será possível “viver da vegetação”. O Brasil avançou significativamente em tecnologias agrícolas e tem potencial para unir produtividade e preservação.

O País tem tudo para dar certo, com uma agricultura mais eficiente, sem desmatamento e com legalidade. Com essa agenda, o Brasil se consolidará como potência verde. O principal desafio é eliminar o desmatamento, que ainda compromete a imagem do Brasil no cenário internacional. O desmatamento é como uma fumaça que esconde os avanços do País. O governo brasileiro reduziu o desmate em mais de 80% no Pantanal, 50% na Amazônia e 35% no Cerrado. Mas, ainda assim, quando se analisa as emissões de gases de efeito estufa, quem aparece como vilão é o desmatamento. Grande parte desse processo é ilegal e precisa ser eliminado.

O desafio é incluir a conservação dos ativos florestais na economia, remunerando o produtor que preserva. Não há antagonismo entre conservação e produção agropecuária. A floresta deve ser aliada da produção. Um exemplo é o EcoInvest Brasil, programa de recuperação de pastagens degradadas, lançado recentemente pelo governo com apoio do Ministério da Fazenda e do BID. Começou com um fundo de R$ 7 bilhões e já mobilizou mais de R$ 32 bilhões, com nove instituições financeiras participando. O objetivo é restaurar 1,5 milhão de hectares, aumentando a produtividade, fixando carbono e ampliando a produção de alimentos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.