10/Sep/2025
Segundo o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o Plano Setorial de Mitigação da Agropecuária, que compõe o Plano Clima, não foi elaborado de forma unilateral, mas construído em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária e após dois anos de debates com o setor. É impensável que o Ministério do Meio Ambiente definisse metas da agropecuária, energia, transportes ou indústria. Cada setor precisa estabelecer suas metas e a trajetória para atingi-las. O plano parte das metas estabelecidas pelo Brasil nas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), que estabelecem reduções graduais das emissões até 2050, quando o país deve alcançar a neutralidade de carbono. É necessário construir uma trajetória a partir dos setores da economia, que devem indicar como reduzir suas emissões de forma viável economicamente, sem provocar rupturas que paralisem atividades.
O MMA defendeu que o desmatamento em propriedades privadas rurais seja contabilizado na conta da agropecuária, independentemente de sua legalidade. O desmatamento não ocorre por ‘força divina’, ele tem uma motivação econômica. Portanto, se acontece em propriedades privadas, deve ser considerado na conta do setor, seja legal ou ilegal. Em contrapartida, foi ressaltado que o papel positivo da vegetação nativa em propriedades privadas ainda não é adequadamente registrado. Mais da metade da vegetação nativa do Brasil está em propriedades privadas, e esse ativo precisa ser contabilizado. O plano está em construção e segue em análise conjunta com ministérios setoriais. Dizer que foi algo ‘de gabinete’ é um equívoco. Foram dois anos de trabalho, consultas públicas e milhares de contribuições. Todas as que forem pertinentes estão sendo incorporadas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.