10/Sep/2025
Segundo a Fitch Ratings para Américas e Ásia, as tarifas comerciais do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, representam a maior fonte de incerteza global. O Brasil, porém, entra nesse período de tempestade em posição melhor do que outras economias emergentes da região, como o México. Embora tenha recebido as tarifas mais altas (50%), o Brasil está em ótima posição para enfrentar o choque tarifário. A tendência é de o impacto econômico não ser significativo no País. A exposição da economia brasileira à perda de dinamismo comercial com os Estados Unidos é modesta. As exportações aos Estados Unidos representam apenas 2% do PIB brasileiro. Vietnã e México, por exemplo, tem 25% do PIB exposto aos Estados Unidos. Isso torna o Brasil muito mais resiliente a esse choque tarifário.
Ao apontar para a solidez das reservas internacionais e a estabilidade dos fluxos de investimento estrangeiro direto, que cobrem quase 90% do déficit das contas correntes com o exterior, a Fitch frisou que o Brasil entra no período de "tempestade tarifária" em posição melhor. O Brasil, ao contrário do México e países asiáticos que dependem mais das exportações aos Estados Unidos, nunca esteve no ‘olho do furacão’. O México, por exemplo, está no ‘olho do furacão’, e está desacelerando bastante este ano. No entanto, o crescimento mais lento da economia global, impacto indireto das tarifas de Trump, será sentido pelos países exportadores de commodities. A América Latina está bastante exposta e dependente dos preços das commodities. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.