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10/Sep/2025

EUA faz ameaça econômica e militar contra Brasil

A Casa Branca afirmou nesta terça-feira (09/09), que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não teme usar o poderio econômico e militar dos Estados Unidos para “proteger a liberdade de expressão” no mundo. A Presidência dos Estados Unidos respondeu sobre eventual aplicação de novas medidas contra o Brasil, por causa do julgamento em curso no Supremo Tribunal Federal (STF), contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e corréus no processo do golpe. “Eu não tenho nenhuma ação adicional para antecipar para vocês hoje, mas posso dizer que isso é uma prioridade para a administração e o presidente não tem medo de usar o poder econômico, o poder militar dos Estados Unidos da América para proteger a liberdade de expressão ao redor do mundo”, disse a porta-voz Karoline Leavitt. A secretária da Casa Branca disse que a liberdade de expressão é “sem dúvida, a questão mais importante do nosso tempo” e lembrou que o próprio Trump foi “censurado”.

Segundo Leavitt, Trump e todos os integrantes do governo republicano levam muito a sério a censura, razão pela qual tomamos medidas significativas em relação ao Brasil na forma de sanções e aproveitando o uso de tarifas para garantir que países ao redor do mundo não estejam punindo seus cidadãos dessa maneira. A manifestação ocorreu minutos depois que o relator da ação penal, o ministro Alexandre de Moraes, concluiu seu voto em favor da condenação de todos os réus denunciados como parte do núcleo crucial da trama golpista. Alvo de uma campanha bolsonarista, Alexandre de Moraes foi a primeira autoridade pública do País a ser punida com base na Lei Magnitsky, uma espécie de cerco financeiro.

Agora, o Departamento do Tesouro norte-americano consultou bancos brasileiros para saber o que fizeram para romper laços com o ministro e cumprir a determinação do Ofac (Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros). Ele e ministros do STF, bem como o procurador-geral da República, Paulo Gonet, sofreram restrições como a revogação de visto, que recaiu ainda sobre o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Na semana passada, Trump foi questionado se haveria restrições à delegação ministerial brasileira que, individualmente, tem solicitado vistos para participar da Assembleia Geral das Nações Unidas, neste mês, em Nova York. “Veremos”, respondeu o republicano. Os Estados Unidos renovaram, porém, o visto do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Integrantes do governo brasileiro dizem que um banimento da delegação brasileira contraria as normas das ONU e as convenções que estabeleceram a sede em Nova York.

O governo especula que novas sanções possam ser aplicadas, sobretudo contra integrantes da Corte, a partir da condenação de Bolsonaro. O filho do ex-presidente e deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) lidera esforços de lobby por punição. A Casa Branca afirmou nesta terça-feira (09/09) que tarifas foram usadas contra Brasil por "obstrução de liberdade de expressão" e cerceamento das redes sociais, ao ser perguntada sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou indiretamente o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta terça-feira (09/09), ao afirmar que os países da América do Sul não necessitam de “intervenção estrangeira” nem de “ameaças” às suas soberanias. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.