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09/Sep/2025

Commodities pressionaram a inflação no atacado

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 0,20% em agosto, após uma redução de 0,07% em julho. Em 12 meses, o IGP-DI acumulou um recuo de 1,62% no ano e avanço de 3,00% em 12 meses. A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-DI. O IPA-DI, que representa o atacado, teve uma elevação de 0,35% em agosto, ante um recuo de 0,34% em julho. O IPC-DI, que apura a evolução de preços no varejo, caiu 0,44% em agosto, após aumento de 0,37% em julho. O INCC-DI, que mensura o impacto de preços na construção, teve elevação de 0,52% em agosto, depois da alta de 0,91% em julho. O período de coleta de preços para o índice de agosto foi do dia 1º ao dia 31 do mês. Os recuos na tarifa de eletricidade residencial (-4,76%), passagem aérea (-14,72%), tomate (-9,44%), gasolina (-0,61%) e mamão papaia (-17,06%) deram as principais contribuições para a deflação no varejo medida pelo IGP-DI em agosto. Por outro lado, houve pressões dos aumentos no plano de saúde (0,46%), jogo lotérico (4,11%) e refeição em bares e restaurantes (0,44%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) saiu de uma alta de 0,37% em julho para uma queda de 0,44% em agosto. Seis das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais brandas: Habitação (de 0,88% em julho para -0,80% em agosto), Educação, Leitura e Recreação (de 0,66% para -1,79%), Alimentação (de -0,04% para -0,50%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,69% para 0,24%), Despesas Diversas (de 1,10% para 0,23%) e Transportes (de -0,18% para -0,24%). Na direção oposta, as taxas foram mais elevadas nos grupos Vestuário (de -0,07% para 0,23%) e Comunicação (de -0,09% para 0,04%). O núcleo do IPC-DI teve alta de 0,20% em agosto, após um aumento de 0,33% em julho. Dos 85 itens componentes do IPC, 42 foram excluídos do cálculo do núcleo. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumentos de preços, passou de 56,77% em julho para 59,35% em agosto. Os aumentos nos preços de commodities como a soja em grão (3,77%), café em grão (12,96%), minério de ferro (0,88%), milho em grão (2,15%) e bovinos (1,04%) pressionaram a inflação no atacado medida pelo IGP-DI de agosto.

No ranking de principais contribuições negativas no atacado em agosto, os maiores alívios partiram das quedas nos preços do algodão (-16%), celulose (-8,70%), carne de aves (-3,72%), cana-de-açúcar (-1,54%) e tomate (-23,89%). A aceleração do IGP-DI em agosto reflete principalmente a alta dos preços agropecuários ao produtor, com destaque para soja, milho e café, que inverteram a tendência de queda e passaram a registrar elevação expressiva. Além disso, bovinos também contribuíram para a pressão no IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo). O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) passou de uma queda de 0,34% em julho para uma alta de 0,35% em agosto. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais saiu de queda de 1% em julho para recuo de 0,22% em agosto. A taxa do grupo Bens Intermediários passou de uma queda de 0,78% em julho para redução de 0,21% em agosto. O grupo das Matérias-Primas Brutas saiu de elevação de 0,43% em julho para avanço de 1,12% em agosto. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.