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09/Sep/2025

COP30: “Facility de Investimentos Sustentáveis”

Uma estrutura de negócios no coração da Amazônia ocidental com a meta de conectar projetos para a região a recursos do mercado de capitais, de filantropos e de organizações multilaterais. Essa é a Facility de Investimentos Sustentáveis, do Instituto Amazônia+21, criada há dois anos e que entrou em operação com a instalação do seu conselho deliberativo. Entre os ocupantes das dez cadeiras do conselho, estão a Confederação Nacional da Indústria (CNI), Energisa, Instituto Arapyaú, Instituto Itaúsa, Banco da Amazônia e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Outros dois conselheiros serão anunciados ainda neste semestre, segundo o Instituto Amazônia+21. Os últimos dois já foram prospectados, mas devem direcionar os recursos para a Facility no ano que vem, depois da realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) em novembro deste ano. A COP30, inclusive, servirá de vitrine para as possibilidades de negócios no bioma amazônico.

Cada uma das organizações que integram o conselho faz um aporte de R$ 2 milhões. As chamadas "cotas pioneiras" servem de ponto de partida para destravar recursos de outras fontes, dentro de uma lógica de blended finance. A expressão em inglês refere-se a operações financeiras que combinam recursos oriundos de diferentes fontes, como o mercado de capitais, instituições filantrópicas e financiamentos a juros baixos como, por exemplo, de organizações multilaterais. O Instituto Amazônia+21 afirma que a expectativa é que a Facility destrave recurso em torno de sete vezes. Ou seja, para cada R$ 1,00 aportado, outros R$ 7,00 serão destravados vindo de fontes como investidores privados, instituições financeiras. O instituto projeta que serão movimentados R$ 80 milhões nos primeiros três anos de operação da Facility, o que destravaria R$ 540 milhões de capital comercial ou concessional. A 'Facility' é um espaço de mobilização, engajamento e discussão com o objetivo de conectar recursos financeiros a projetos.

Entre os planos da Facility, estão montar um Fundo de Investimento em Participação com a meta de aportar R$ 168 milhões em inovação na Amazônia ocidental num prazo de cinco anos e um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), com a meta de contratar R$ 450 milhões em três anos. No primeiro semestre, a Facility estreou com um primeiro edital para financiar 25 pequenos empreendedores que não têm acesso a crédito e, às vezes, nem conta corrente. A melhor conservação da Amazônia é dar oportunidade para os milhões de pessoas que moram na região. Os nove Estados amazônicos carecem de investimento e do enfrentamento de uma realidade a fim de prover dignidade para a região. Onde há um CNPJ, há capacidade de financiamento e atividade econômica que empurra o 'ilícito' para fora. Escassez e fome são portas abertas para o 'ilícito'. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.