08/Sep/2025
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) prevê o possível retorno a partir deste mês do fenômeno La Niña, que pode influenciar os padrões climáticos com seu efeito de resfriamento. Apesar disso, espera-se que as temperaturas globais ainda permaneçam acima da média. Desde março deste ano, persiste o estado de neutralidade, sem El Niño ou La Niña, com as temperaturas da superfície do mar permanecendo próximas da média em todo o Pacífico equatorial. Os fenômenos climáticos La Niña e El Niño são caracterizados pela interação entre o oceano e a atmosfera. Eles costumam alterar o regime de chuvas e o padrão de temperaturas em várias regiões do mundo. De acordo com a previsão, há chance de ocorrer a passagem de uma La Niña fraca e de curta duração, com efeitos que podem surgir entre o fim da primavera e o verão, segundo a Climatempo.
A estação das flores tem início em 22 de setembro no Brasil, mesmo dia em que termina o inverno. Essas condições de neutralidade podem gradualmente dar lugar ao surgimento de condições de La Niña nos próximos meses, potencialmente a partir de setembro deste ano. Mesmo com possibilidade de a intensidade do fenômeno ser fraca, impactos poderão ser sentidos principalmente em regiões mais sensíveis à variação climática. As previsões sazonais para El Niño e La Niña e seus impactos associados eo clima são uma importante ferramenta de inteligência climática. Elas se traduzem em milhões de dólares em economia para setores-chave como agricultura, energia, saúde e transporte, e salvaram milhares de vidas quando usadas para orientar ações de preparação e resposta. De setembro a novembro de 2025, as previsões indicam 55% de probabilidade de formação da La Niña; 45% de probabilidade de manutenção das condições neutras; e 0% de chance de formação de um El Niño.
De outubro a dezembro, há 60% de chance de La Niña; 40% de chance de neutralidade; e o El Niño permanece descartado. No caso de La Niña, os impactos no Brasil atualmente previstos são: chuvas acima da média no Norte e Nordeste, especialmente durante o verão; tempo mais seco no Sul, o que pode agravar ou antecipar estiagens em áreas agrícolas; risco maior de incêndios no Pantanal e na Amazônia, caso haja redução de chuvas por alguns meses. Enquanto no El Niño as águas do Pacífico equatorial se aquecem, com La Niña, elas se resfriam e as mudanças não param por aí. Em épocas de El Niño, os ventos alísios (correntes de ar quentes e úmidas que sopram de forma constante de leste para oeste, das regiões subtropicais em direção à linha do Equador) enfraquecem. Em épocas de La Niña, esses ventos se fortalecem. Com isso, há mudança do padrão global atmosférico, afirma a Tempo OK. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.