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08/Sep/2025

Índice de Preços ao Produtor recua no mês de julho

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Produtor (IPP), que inclui preços da indústria extrativa e de transformação, registrou recuo de 0,30% em julho. A taxa de junho foi revista de uma redução de 1,25% para uma queda de 1,27%. O IPP mede a evolução dos preços de produtos na "porta da fábrica", sem impostos e fretes, da indústria extrativa e de 23 setores da indústria de transformação. Com o resultado, o IPP de indústrias de transformação e extrativa acumulou uma queda de 3,42% no ano e avanço de 1,36% em 12 meses. Considerando apenas a indústria extrativa, houve alta de 2,42% em julho, após a elevação de 0,18% em junho. A indústria de transformação registrou uma redução de 0,42% em julho, ante um recuo de 1,33% em junho. A queda de 0,30% nos preços dos produtos industriais na porta de fábrica em julho foi decorrente de reduções em 12 das 24 atividades pesquisadas.

Houve equilíbrio no número de atividades com quedas e altas de preços em julho, mas a deflação foi mais branda do que no mês anterior, quando o IP recuou 1,27%. A influência mais intensa, do setor de alimentos, foi negativa e ajuda a explicar o resultado geral da indústria. Excluindo os alimentos, as demais atividades tiveram, somadas, uma influência positiva, de 0,03%, ou seja, grande parte dos motivos para o IPP permanecer no campo negativo em julho vem da queda dos alimentos. Em julho, a queda de 1,33% nos preços dos alimentos deu a maior contribuição para a deflação do mês, de 0,33%. Em relação ao setor de alimentos, o destaque vai para os menores preços dos açúcares, recuo que está em linha com a queda dos preços internacionais, muito por conta de um aumento da oferta em grandes países produtores, como a Índia, a Tailândia e o Brasil. Isso fez com que o grupo de fabricação e refino de açúcar apresentasse uma retração de 4,31% em julho e fosse a principal influência no resultado setorial.

Outro aspecto relevante foi a redução dos preços do café, explicada pelos custos de produção mais baixos, em grande parte pelo início da colheita de novas safras no País, que fez com que o grupo de torrefação e moagem de café apresentasse a maior queda no indicador mensal em toda a sua série histórica, com um recuo de 6,20% em julho. As quedas verificadas nos sucos de laranja e nos derivados da soja também contribuíram. Esses produtos são exportáveis, tendo assim variações de preços também afetadas pela flutuação do dólar. Segunda maior contribuição negativa em julho, os preços do setor de metalurgia diminuíram 1,65%, impacto de -0,11% no IPP. As maiores pressões inflacionárias partiram das indústrias extrativas, alta de 2,42% e impacto de 0,10%, e fabricação de máquinas e equipamentos, aumento de 1,40% e impacto de 0,06%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.