04/Sep/2025

Segundo o Rabobank, os próximos meses serão decisivos para o andamento das principais culturas agrícolas no Brasil, com atenção voltada à regularidade das chuvas e à transição climática no Pacífico. A partir da primavera, espera-se uma breve transição para La Niña, seguida de retorno à neutralidade. Setembro abre duas janelas críticas. No café, o regime de chuvas será determinante para a florada da safra 2026/2027. No setor de grãos, a regularidade das precipitações é essencial para o início da semeadura da safra 2025/2026.

Qualquer instabilidade climática que comprometa o potencial produtivo pode aumentar a volatilidade dos preços. Quanto ao setor sucroenergético, com 100 milhões de toneladas de cana-de-açúcar processadas em julho, há risco de que a produção de açúcar em 2025/2026 fique abaixo de 40 milhões de toneladas, em razão da menor qualidade da matéria-prima. O Rabobank ressalta que o direcionamento maior da cana-de-açúcar ao açúcar tem atenuado as perdas, mas a perspectiva depende da evolução climática na Região Sudeste.

Para as regiões produtoras de soja e milho, a preocupação está na transição do vazio sanitário para o início do plantio. A expectativa é de que Paraná e Mato Grosso abram a semeadura ainda em setembro, mas a confirmação da regularidade das chuvas será determinante. Na Região Sul, o excesso de precipitação e o risco de geadas podem interferir nos cultivos de inverno e atrasar o calendário agrícola. O mercado de café concentra atenções no regime de chuvas, essencial para a florada da safra 2026/2027. O setor de grãos volta sua atenção para o regime de chuvas, essencial para o início da safra 2025/2026. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.