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04/Sep/2025

Clima: cresce a probabilidade de La Niña em 2025

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) informou 55% de probabilidade de ocorrência de La Niña entre setembro e novembro de 2025, período de plantio de soja em grande parte do Brasil. Para o trimestre outubro a dezembro, a probabilidade sobe para 60%. As condições neutras do El Niño-Oscilação Sul (ENSO), quando não há aquecimento nem resfriamento das águas do Pacífico, persistem desde março de 2025. A chance de manutenção das condições neutras é de 45% para setembro-novembro e de 40% para outubro-dezembro. A possibilidade de desenvolvimento de El Niño durante setembro-dezembro foi considerada insignificante. Segundo a OMM, em meados de agosto os indicadores oceânicos e atmosféricos continuavam próximos da média em todo o Pacífico equatorial. A organização prevê que essas condições podem gradualmente dar lugar ao resfriamento das águas oceânicas nos próximos meses, possivelmente a partir de setembro.

O La Niña refere-se ao resfriamento periódico em larga escala das temperaturas da superfície oceânica no Oceano Pacífico equatorial central e oriental, associado a mudanças na circulação atmosférica tropical. Essas mudanças incluem alterações nos padrões de ventos, pressão e precipitação. Os impactos climáticos normalmente diferem dos observados durante El Niño, especialmente em regiões tropicais. A atualização climática sazonal global da OMM prevê temperaturas acima da média em grande parte do mundo entre setembro e novembro, mesmo com o possível retorno de La Niña. As previsões de precipitação se assemelham às condições normalmente observadas durante um La Niña moderado. As previsões sazonais para El Niño e La Niña e seus impactos associados em nosso clima são uma ferramenta de inteligência climática, que se traduz em milhões de dólares em economia para setores como agricultura, energia, saúde e transporte, além de salvar milhares de vidas quando utilizadas para orientar ações de preparação e resposta.

Eventos climáticos naturais como La Niña e El Niño estão ocorrendo no contexto das mudanças climáticas induzidas pelo homem, que estão aumentando as temperaturas globais, agravando o clima extremo e impactando os padrões sazonais de precipitação e temperatura. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o La Niña reduz chuvas na Região Sul do Brasil em quantidade e frequência, com possibilidade de períodos longos sem precipitações, enquanto provoca excesso de chuvas na faixa norte das Regiões Norte e Nordeste. As frentes frias passam mais rapidamente sobre o leste da Região Sul e levam mais precipitações para o Sudeste, podendo chegar até parte do litoral nordestino, com o aquecimento do Atlântico Tropical favorecendo chuvas no Norte devido ao deslocamento da Zona de Convergência Intertropical mais ao sul. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.