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04/Sep/2025

PIB do Brasil tem avanço no 2º trimestre de 2025

De acordo com dados divulgados nesta terça-feira (02/09) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou alta de 0,4% no segundo trimestre de 2025 ante o primeiro trimestre de 2025. Na comparação com o segundo trimestre de 2024, o PIB apresentou alta de 2,2% no segundo trimestre de 2025. O PIB do segundo trimestre de 2025 totalizou R$ 3,2 trilhões. O crescimento de 0,4% na atividade econômica no segundo trimestre ante o primeiro trimestre de 2025 fez o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro alcançar novo patamar recorde da série histórica iniciada em 1996. O avanço foi a 16ª taxa trimestral positiva consecutiva na comparação com o trimestre imediatamente anterior. No segundo trimestre de 2025, pelo lado da oferta, o PIB de Serviços também atingiu patamar recorde, após expandir 0,6% ante o período imediatamente anterior.

O PIB da Agropecuária, que teve leve recuo de 0,1%, permaneceu próximo do nível recorde atingido no primeiro trimestre deste ano. A indústria, que avançou 0,5%, ainda está 4,2% abaixo do pico alcançado no terceiro trimestre de 2013. Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias também operava no maior patamar da série histórica no segundo trimestre de 2025. Já a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB), ainda estava 9,2% abaixo do pico da série alcançado no segundo trimestre de 2013. O Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária caiu 0,1% no segundo trimestre de 2025 ante o primeiro trimestre de 2025. Na comparação com o segundo trimestre de 2024, o PIB da agropecuária mostrou alta de 10,1%. O Produto Interno Bruto (PIB) da indústria subiu 0,5% no segundo trimestre de 2025 ante o primeiro trimestre de 2025. Na comparação com o segundo trimestre de 2024, o PIB da indústria mostrou alta de 1,1%.

O Produto Interno Bruto (PIB) de serviços subiu 0,6% no segundo trimestre de 2025 ante o primeiro trimestre de 2025. Na comparação com o segundo trimestre de 2024, o PIB de serviços mostrou alta 2%. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) caiu 2,2% no segundo trimestre de 2025 ante o primeiro trimestre de 2025. Na comparação com o segundo trimestre de 2024, a FBCF mostrou alta de 4,1%. A taxa de investimento (FBCF/PIB) do segundo trimestre de 2025 ficou em 16,8%. O consumo das famílias subiu 0,5% no segundo trimestre de 2025 ante o primeiro trimestre de 2025. Na comparação com o segundo trimestre de 2024, o consumo das famílias mostrou alta de 1,8%. O consumo do governo, por sua vez, caiu 0,6% no segundo trimestre de 2025 ante o primeiro trimestre de 2025. Na comparação com o segundo trimestre de 2024, o consumo do governo mostrou alta de 0,4%. As atividades financeiras cresceram 2,1% no segundo trimestre de 2025 ante o primeiro trimestre de 2025. As atividades imobiliárias subiram 0,3%.

As indústrias extrativas avançaram 5,4% no segundo trimestre de 2025 ante o primeiro trimestre, e o segmento de informação e comunicação subiu 1,2%. As outras atividades de serviços tiveram expansão de 0,7%, e transporte e armazenagem cresceram 1%. A produção de eletricidade e água encolheu 2,7% no período, enquanto o comércio ficou estável (0%). A indústria de transformação caiu 0,5%, e a construção diminuiu 0,2%. A administração pública e seguridade social recuaram 0,4%. A agropecuária encolheu 0,1%. A taxa de poupança ficou em 16,8% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre de 2025. As exportações cresceram 0,7% no segundo trimestre de 2025 ante o primeiro trimestre. Na comparação com o segundo trimestre de 2024, as exportações mostraram alta de 2%. As importações contabilizadas no PIB, por sua vez, caíram 2,9% no segundo trimestre de 2025 ante o primeiro trimestre. Na comparação com o segundo trimestre de 2024, as importações mostraram alta de 4,4%. O avanço de 0,4% na atividade econômica no segundo trimestre de 2025 ante o primeiro trimestre de 2025 foi impulsionado pelo crescimento de 0,6% no PIB de Serviços, sob a ótica da oferta.

Os serviços pesam dois terços praticamente da economia. Atualmente estão pesando quase 70%. Quatro atividades de serviços cresceram acima da média do PIB no segundo trimestre de 2025, essas atividades que puxaram essa taxa do trimestre. Houve avanços nas atividades financeiras (2,1%), informação e comunicação (1,2%), transporte (1,0%) e outras atividades de serviços (0,7%). Os serviços são menos afetados pela política monetária. A indústria de transformação e construção são mais afetadas. É possível ver uma certa desaceleração do ritmo de crescimento nas taxas de quase todos os componentes do PIB. Porém, a desaceleração está nos componentes do PIB mais afetados pela política monetária restritiva. A agropecuária teve leve queda de 0,1% no segundo trimestre, mas o resultado ficou quase no mesmo patamar do primeiro trimestre, quando houve um desempenho "muito bom". O avanço de 0,4% na atividade econômica no segundo trimestre de 2025 ante o primeiro trimestre de 2025 foi impulsionado, pela ótica da demanda, pelo crescimento de 0,5% no Consumo das Famílias e pela contribuição positiva do setor externo.

O Consumo das Famílias se manteve em expansão, sustentado pela manutenção da melhora no mercado de trabalho, pelas políticas de transferências de renda e por estímulos fiscais. Quanto ao setor externo, as exportações cresceram 0,7% no segundo trimestre ante o primeiro trimestre, enquanto as importações caíram 2,9%. Segundo Palis, as importações caem após uma base de comparação elevada no primeiro trimestre, quando houve a importação de uma plataforma chinesa, mas houve também efeito da própria desaceleração no ritmo de crescimento da economia. A importação tem efeito da plataforma importada da China. E com a economia desacelerando, as importações tendem a desacelerar também. Os dados do PIB do segundo trimestre não trouxeram nenhum efeito do tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos exportadores brasileiros. Quaisquer efeitos tanto do tarifaço quanto da liberação de pagamentos de precatórios só poderiam se refletir nas próximas leituras do PIB. Ainda sob a ótica da demanda, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) caiu 2,2% no segundo trimestre ante o primeiro trimestre.

O recuo nos investimentos no segundo trimestre tem a ver também com a política monetária restritiva. E a FBCF teve efeito também de (base de comparação elevada da) plataforma importada, que deu um salto no primeiro trimestre de 2025. Uma fatia de 60% do crescimento de 2,2% na atividade econômica no segundo trimestre de 2025 ante o segundo trimestre de 2024 ficou concentrado em apenas três atividades: agropecuária (10,1%), indústrias extrativas (8,7%) e outras atividades de serviços (2,7%). A agropecuária tem sido impulsionada por safras maiores para a soja, milho, café e algodão, além de uma contribuição positiva também da pecuária. Nas indústrias extrativas, a expansão foi determinada pelo crescimento tanto da extração de petróleo e gás quanto da extração de minérios ferrosos. É uma atividade que não é afetada pela política monetária. Sob a ótica da oferta, o único recuo no segundo trimestre de 2025 ante o segundo trimestre de 2024 ocorreu em produção e distribuição de eletricidade e gás, água e esgoto, queda de 4,0%, devido à piora nas bandeiras tarifárias e à queda no consumo total de energia.

Teve seca, acionaram a bandeira tarifária. E esse ano está menos quente, teve menos consumo. Pelo lado da demanda, o Consumo das Famílias cresceu 1,8%, impulsionado pela melhora do mercado de trabalho, com aumento na massa salarial real, avanço do crédito disponível para as famílias e manutenção de programas do governo de transferências de renda às famílias. Por outro lado, pesam negativamente para o consumo o patamar elevado da taxa básica de juros, a Selic, e o nível de inflação. Quanto ao Consumo do Governo, houve elevação de 0,4% no segundo trimestre de 2025 em relação ao segundo trimestre de 2024. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) cresceu 4,1%, puxada pelo aumento da importação de bens de capital e do desenvolvimento de software. No setor externo, as exportações cresceram 2,0%, e as importações aumentaram 4,4%. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, a gente ainda tem contribuição negativa do setor externo, com as exportações crescendo mais e as importações crescendo menos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.