01/Sep/2025
Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) teve queda de 2,5 pontos na passagem de julho para agosto, para 110,7 pontos. Na métrica de médias móveis trimestrais, o IIE-Br caiu 0,7 ponto. Após a alta registrada no mês anterior, o Indicador de Incerteza volta a recuar, num movimento de acomodação frente aos intensos ruídos provocados pelo anúncio do governo norte-americano das tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos.
O IIE-Br é formado por dois componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA. A queda do componente de Mídia, com peso de 80% no indicador, reflete possivelmente a atuação do governo brasileiro, marcada por esforços diplomáticos, medidas econômicas para apoiar as empresas afetadas e a busca por novas alianças comerciais, contribuindo para reduzir parte das incertezas iniciais. Além disso, o maior esclarecimento sobre os setores e produtos efetivamente afetados pelas tarifas ajudou a mitigar as incertezas ao longo de agosto.
Em contrapartida, o componente de Expectativas, com peso de 20% no IIE-Br, sinaliza um aumento da incerteza, com uma maior dispersão nas previsões para inflação, taxa Selic e câmbio. O componente de Mídia caiu 3,8 pontos, para 112,1 pontos, contribuindo com -3,3 pontos para o IIE-Br do mês. O componente de Expectativas subiu 3,6 pontos, para 100,6 pontos, menor nível desde janeiro de 2015, contribuindo com 0,8 ponto para o índice de agosto. A coleta do Indicador de Incerteza da Economia brasileira é realizada entre o dia 26 do mês anterior ao dia 25 do mês de referência. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.