01/Sep/2025
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, só cogitou impor tarifas “expressivas” a países que criassem impostos específicos para empresas de tecnologia depois de se encontrar com Mark Zuckerberg, dono da Meta, segundo a Bloomberg. O cofundador do Facebook visitou o presidente dos Estados Unidos na semana passada. O encontro não foi divulgado publicamente, mas a Meta confirmou que Mark Zuckerberg foi à Casa Branca na semana passada para discutir os investimentos domésticos de infraestrutura da Meta e o avanço da liderança tecnológica americana no exterior. Porta-vozes da Casa Branca não comentaram o assunto. Durante a reunião, Trump e Zuckerberg falaram sobre um imposto que os preocupa: alguns países cobram das gigantes de tecnologia parte da receita obtida de usuários locais. A União Europeia adotou esse modelo e outros países, incluindo o Brasil, discutem algo semelhante. No caso da Meta, esse dinheiro vem quase todo da venda de anúncios no Instagram, Facebook, WhatsApp e Treads.
Pouco depois, Trump afirmou que esses impostos e a busca por regulação das redes sociais prejudicam e discriminam a tecnologia norte-americana, enquanto dão “carta branca às maiores empresas de tecnologia da China”. Donald Trump ainda disse que todos os países adeptos a esse tipo de tributação estavam “em alerta” e poderiam enfrentar tarifas “substanciais”, além de restrições à exportação de semicondutores dos Estados Unidos. Caso “essas ações discriminatórias sejam retiradas”, o governo norte-americano iria recuar, segundo o republicano. “Eu vou enfrentar os países que atacam nossas incríveis empresas de tecnologia norte-americana”, escreveu Trump na segunda-feira (25/08), em rede social. Os comentários do presidente reacenderam uma disputa com parceiros comerciais tão antiga quanto sua “parceria” com Zuckerberg. Autoridades dos Estados Unidos já levantaram o tema durante negociações recentes com a União Europeia. O argumento cita que os impostos afetam de maneira desleal empresas norte-americanas, como Meta, Amazon e Google.
Com alíquotas e condições variadas, França, Itália, Áustria, Espanha e Reino Unido são países que já adotaram impostos sobre serviços digitais. Zuckerberg busca se aproximar de Trump depois do seu retorna à presidência. Mesmo depois de ser chamado de “criminoso” e sofrer ameaças de prisão do republicano, o CEO da Meta reformulou as políticas de moderação e diversidade das redes sociais da empresa. Além disso, doou US$ 1 milhão para a cerimônia de posse de Donald Trump. Outra forma de aumentar sua presença em Washington foi gastar milhões de dólares para comprar duas casas próximas ao Observatório Naval, onde o vice-presidente, JD Vance, mora. Os conselhos de administração das empresas controladas pela Meta também foram inundados por aliados de Trump. A relação fortalecida entre Trump e Zuckerberg proporciona conversas sobre assuntos que vão de inteligência artificial (IA) a regulação europeia das big techs. Na reunião da semana passada, esses temas foram discutidos, inclusive o plano de construir um gigantes data center da Meta na zona rural da Louisiana. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.