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29/Aug/2025

Dólar cai com percepção de corte de juros nos EUA

O dólar registrou leve baixa ante o Real no fechamento desta quinta-feira (28/08), conforme o mercado doméstico acompanhou o desempenho da moeda norte-americana no exterior diante da consolidação da perspectiva de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) poderá cortar a taxa de juros a partir de setembro. O dólar fechou em queda de 0,22%, a R$ 5,40. Os movimentos do Real na sessão tiveram como forte fator de influência a fraqueza do dólar nos mercados globais, conforme os agentes financeiros elevaram as apostas em corte de juros pelo Fed em setembro mesmo após dados econômicos fortes divulgados nesta quinta-feira (28/08). Como destaque, o governo norte-americano informou que o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 3,3% a uma taxa anualizada no segundo trimestre, acima da expansão de 3,0% relatada em uma estimativa do mês anterior e revertendo a contração registrada no período de janeiro a março.

Mas, os números, que poderiam em tese sinalizar um espaço menor para o Fed cortar os juros, não alteraram as apostas de que Fed retomará o afrouxamento monetário em setembro. Operadores estão precificando 88% de chance de uma redução de 0,25% em setembro, segundo a LSEG. Para a GO Associados, o PIB ainda foi pouco para influenciar a política do Federal Reserve. Deverá haver uma leve redução da taxa de juros nos Estados Unidos em 17 de setembro, apesar desse resultado um pouco mais forte. Juros mais baixos nos Estados Unidos tornam os ativos do país menos interessantes para investidores estrangeiros, que buscam destinos com retornos mais atrativos. Com o diferencial de juros atual entre Estados Unidos e Brasil, o Real surge como uma boa opção para a alocação de recursos. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, caía 0,24%, a 97,885.

Nesta sexta-feira (29/08), as projeções sobre o Fed serão testadas novamente, quando o governo divulgará os dados de julho do índice PCE, que é o indicador que o banco central dos Estados Unidos utiliza para determinar sua meta de inflação de 2%. Na mínima do dia, o dólar atingiu R$ 5,39 (-0,42%). A máxima foi de R$ 5,43 (+0,24%). No cenário doméstico, a agenda econômica foi vazia. Os investidores se concentraram em um noticiário desfavorável para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no contexto do cenário eleitoral de 2026. Os agentes reagiram positivamente a uma pesquisa AtlasIntel/Bloomberg que apontou empate técnico entre Lula e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em um eventual segundo turno nas eleições de 2026. Também não houve novidades sobre a disputa comercial entre Brasil e Estados Unidos. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.