29/Aug/2025
De acordo com dados do relatório Estimativas da População 2025, divulgados nesta quinta-feira (28/08), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população do Brasil é estimada em 213.421.037 habitantes. A estimativa aponta o total de moradores de Estados e municípios. O crescimento é de 0,39% na comparação com os dados do ano passado. Em 2024, a estimativa apresentada foi de 212.583.750 pessoas. Nos últimos anos, o Censo e as projeções populacionais do IBGE têm mostrado uma desaceleração do crescimento do número de habitantes, reflexo da queda do número de filhos por mãe e do envelhecimento dos brasileiros. A última projeção populacional feita pelo IBGE apontou que a população brasileira atingirá seu ápice em 2041, quando chegar a 220.425.299 habitantes.
Depois desse ano, o número de brasileiros começará a diminuir, chegando a 199.228.708 até 2070. Isso significa dizer que, em menos de duas décadas, o Brasil já terá um crescimento negativo; ou seja, o número de mortes será maior que o de nascimentos e a população terá um envelhecimento ainda mais acelerado. Este fato evidencia a tendência do fim do chamado bônus demográfico (quando a proporção de jovens, a população economicamente ativa, é maior do que a de idosos e crianças, aumentando as chances de o País elevar o seu PIB). O período de bônus demográfico se iniciou há cerca de 50 anos e já começa a perder seus efeitos antes mesmo de 2030, quando a maior parcela da população já será de idosos, aumentando a pressão sobre os gastos em saúde e previdência social.
O município de São Paulo manteve-se como o mais populoso do País, com 11,905 milhões de moradores. A entrada de venezuelanos no País engrossou a população de Boa Vista (RR). A migração também elevou contingente de habitantes de Florianópolis (SC) e Cuiabá (MT). No ranking de municípios mais populosos, o segundo lugar é ocupado pelo Rio de Janeiro, com 6,731 milhões de habitantes, seguido por Brasília - DF (2,997 milhões), Fortaleza - CE (2,578 milhões) e Salvador - BA (2,564 milhões). Os 15 municípios brasileiros com mais habitantes (mais de 1 milhão de pessoas) concentram 42,8 milhões de pessoas, o equivalente a 20,1% da população brasileira. Apenas dois deles não são capitais: Guarulhos (SP), com 1,349 milhão de habitantes; e Campinas (SP), com 1,188 milhão de moradores.
No extremo oposto do ranking, o município Serra da Saudade, em Minas Gerais, é o menos populoso do País, com apenas 856 habitantes, seguido por Anhanguera (GO), com 913 moradores, e Borá (SP), com 932 pessoas. As estimativas populacionais referentes a 1º de julho são divulgadas anualmente pelo IBGE em cumprimento à legislação vigente. As informações são usadas pelo Tribunal de Contas da União no cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios, além de servirem como referência para indicadores sociais, econômicos e demográficos. Dos 5.571 municípios brasileiros existentes em 2025, 2.079 (37,3% deles) tiveram redução na população, 3.011 (54%) cresceram de zero a 0,9%, e apenas 122 municípios (2,2%) tiveram aumento igual ou superior a 2%.
Cinco capitais tiveram perda na população em relação a 2024: Salvador (BA), -0,18%; Belo Horizonte (MG), -0,02%; Belém (PA), -0,09%; Porto Alegre (RS), -0,04%; e Natal (RN), -0,14%. As capitais maiores, mais centrais, em geral têm um entorno mais conturbado e perdem população para ele. O crescimento vai do centro para a periferia. Entre as capitais que perderam população, com exceção de Salvador (BA), houve aumento de habitantes na respectiva região metropolitana. As 27 capitais concentram 49,3 milhões de moradores, o equivalente a 23,1% da população total. A migração internacional de venezuelanos contribuiu para que Boa Vista, em Roraima, fosse a capital com a maior taxa de crescimento populacional na passagem de 2024 para 2025, alta de 3,26%. Houve aumentos expressivos também nas capitais Florianópolis (SC), 1,93%, Palmas (TO), 1,51% e Cuiabá (MT), 1,31%.
A alta em Boa Vista é explicada pela migração internacional, em especial pela chegada de venezuelanos. Santa Catarina também recebe imigrantes venezuelanos e haitianos, o que pode explicar essa alta, mas é preciso considerar também o efeito da migração interna para Florianópolis. O crescimento de Cuiabá (MT) também passa pela migração interna. Palmas (TO) teve um crescimento muito mais expressivo em décadas passadas, mas os dados mostram que esse movimento arrefeceu. A região metropolitana de São Paulo continua sendo a mais populosa do País, com 21,555 milhões de habitantes, seguida pelas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro (12,938 milhões) e Belo Horizonte (6,021 milhões), além da Região Integrada de Desenvolvimento (RIDE) do Distrito Federal e Entorno (4,769 milhões). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.