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28/Aug/2025

Brasil: Ranking de Competitividade de Estados 2025

Segundo o Ranking de Competitividade dos Estados 2025, pelo 14º ano consecutivo, São Paulo confirma sua liderança como o Estado mais competitivo do Brasil. O desempenho é sustentado por pilares estratégicos como educação e infraestrutura, além de posições de destaque em inovação, sustentabilidade e eficiência da máquina pública. O top cinco do ranking repete a edição anterior: São Paulo na dianteira, seguido por Santa Catarina, Paraná, Distrito Federal e Rio Grande do Sul. Com exceção do Rio de Janeiro, todos os Estados das Regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste estão entre os dez mais competitivos. Apesar da hegemonia de São Paulo em mais de uma década, a distância para o segundo colocado, Santa Catarina, vem diminuindo ao longo dos anos. Em 2021, a diferença de nota entre os dois Estados era de 4,2 pontos; nesta edição, caiu para 1,3 ponto. Elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), em parceria com a Tendências Consultoria e a Seall, o ranking avalia 100 indicadores distribuídos em dez pilares temáticos, considerados fundamentais para a competitividade e a melhoria da gestão pública.

Nesta edição, foi incluído o indicador de feminicídio, que mede o total de vítimas por cem mil mulheres. Além de orientar a tomada de decisão para a formulação de políticas públicas, o ranking auxilia no monitoramento da efetividade das atuais políticas e serve para que a população cobre resultados de seus governantes. Um dos principais pontos de preocupação é o recuo na pontuação dos indicadores de segurança pública. Nos últimos três anos, a média geral da nota bruta de todos os Estados nesse pilar vem caindo, o que reforça a necessidade de maiores investimentos na área em nível nacional. Outro ponto de atenção é o saneamento básico, que apresentou melhora na nota geral, mas levanta incertezas sobre o cumprimento das metas de universalização do marco legal, que prevê até dezembro de 2033 a universalização dos serviços de água e esgoto. Há investimentos e uma pequena melhora nos indicadores, mas é preciso avançar no ritmo das políticas nessa agenda. São Paulo se mantém à frente nos pilares de educação e infraestrutura, além de conquistar a segunda colocação em eficiência da máquina pública e a terceira posição em sustentabilidade social, sustentabilidade ambiental e inovação.

Na educação, se destaca nos indicadores do Enem, índice de oportunidade da educação e taxa de atendimento do ensino infantil. Em infraestrutura, lidera nos indicadores de acessibilidade do serviço de telecomunicações, custo dos combustíveis, disponibilidade de voos diretos e qualidade das rodovias. Santa Catarina é líder nos pilares de segurança pública e capital humano, enquanto o Rio Grande do Sul se sobressai em inovação e eficiência da máquina pública. O Distrito Federal obteve a maior nota em sustentabilidade social e ambiental. Roraima e Espírito Santo lideram nos pilares de potencial de mercado e solidez fiscal, respectivamente. O Rio Grande do Norte avançou oito posições, passando da 24ª para a 16ª colocação. O Estado melhorou seu desempenho em sustentabilidade ambiental, eficiência da máquina pública e segurança pública, pilar de maior peso na pontuação do estudo. Desde 2016, saltou do 23º lugar para o 4º lugar neste indicador. Sergipe também evoluiu seis posições, após avanços em solidez fiscal, infraestrutura, inovação e segurança pública.

Esses dois Estados da Região Nordeste se destacam porque conseguiram melhorar seus indicadores de segurança pública, em contraponto à queda da média nacional nesse pilar, que nesta edição se mostrou como a grande deficiência do País. A Paraíba, Estado mais bem posicionado do Nordeste, subiu uma colocação em relação ao ano passado e alcançou o 11º lugar. O avanço foi impulsionado pelo desempenho em inovação, com destaque para o indicador de investimentos públicos em pesquisa e desenvolvimento, no qual ocupa a vice-liderança nacional. O governo da Paraíba destinou até o último ano cerca de R$ 481 milhões para pesquisa, bolsas de estudo, desenvolvimento de startups e projetos estratégicos, como a construção do Radiotelescópio Bingo, o maior da América Latina, realizado em parceria com países como China, Reino Unido, França, África do Sul, Alemanha e Estados Unidos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.