22/Aug/2025
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) participou, na terça-feira (19/08), em Belém (PA), do Workshop Internacional sobre o Papel das Cooperativas da Agricultura Familiar no Contexto da COP30. Promovida pela União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (UNICAFES), a atividade teve como foco o debate sobre o papel estratégico do cooperativismo, especialmente na região amazônica, na geração de emprego e renda, no desenvolvimento regional e na contribuição para o enfrentamento das mudanças climáticas. O cooperativismo agropecuário é sinônimo de eficiência, compromisso e resultados concretos e que os empreendimentos coletivos, espalhados por todo o território nacional, reúnem mais de 1 milhão de cooperados e geram cerca de 257 mil empregos diretos.
Também foi ressaltada a importância da realização de eventos que promovem uma discussão ampla sobre o tema em preparação para a COP 30, mas que também vão além da Conferência das Partes. A COP30 é um evento técnico-científico que reúne pessoas do mundo inteiro, e em debates dessa magnitude é preciso garantir um lugar de fala para o agro cooperativo, permitindo demonstrar as suas contribuições nas ações de enfrentamento às mudanças climáticas. É nesse contexto que as cooperativas se consolidam como um instrumento fundamental para o desenvolvimento econômico e socioambiental da agropecuária, contribuindo para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) assumidos pelo Brasil.
O painel “Bioeconomia Inclusiva: Oportunidades para as Cooperativas da Agricultura Familiar” discutiu como as cooperativas podem liderar cadeias produtivas da bioeconomia, com base na sociobiodiversidade, valorizando os saberes tradicionais e práticas regenerativas. Foi ressaltado o papel central das cooperativas como agentes difusores de inovações e tecnologias sustentáveis, levando essas soluções aos cooperados. São novos modelos de produção, apoiados por políticas públicas que apontam para uma agropecuária regenerativa, mais sustentável e responsável, sem a necessidade de abrir novas áreas. Mas, para que esses modelos avancem, é essencial garantir suporte a quem está no campo, fazendo escolhas conscientes, adotando tecnologias que emitem menos, recuperam o solo e geram impacto positivo. Esse produtor é peça-chave nessa transformação e o cooperativismo o agente que torna isso possível. Fonte: Ministério da Agricultura. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.