21/Aug/2025
A Administração Atmosférica e Oceânica dos Estados Unidos (NOAA) divulgou em seu último relatório que a chance de formação do La Niña aumentou para 56% durante a primavera no Hemisfério Sul. Com isso, o nível de alerta para o fenômeno subiu para o estágio conhecido como “Watch” (Alerta). As temperaturas abaixo da média na superfície do mar no Oceano Pacífico Equatorial já apresentam características típicas do fenômeno climático. O La Niña é um fenômeno climático caracterizado pelo resfriamento das águas do Pacífico Equatorial, que altera padrões atmosféricos e afeta o clima em diferentes regiões do planeta.
No Brasil, os reflexos são sentidos especialmente no inverno e na primavera, com mudanças na distribuição de chuvas e nas ondas de frio. Neste inverno, as baixas temperaturas registradas já indicavam sinais de influência de uma “quase” La Niña, que favorece a entrada de massas de ar polar, principais responsáveis por episódios de frio intenso na Região Sul do País. De acordo com o Instituto Internacional de Pesquisa para o Clima e Sociedade (IRI), da Universidade de Columbia, caso o fenômeno se estabeleça, pode persistir até o início do verão, voltando gradualmente à neutralidade climática. Se confirmado, o La Niña na primavera 2025 pode trazer impactos relevantes para diferentes regiões brasileiras:
- Região Sul: chuvas irregulares, prejudicando a agricultura e o abastecimento hídrico.
- Região Norte: chuvas acima da média, com risco de elevação do nível de rios.
- Região Sudeste: temperaturas abaixo da média e possibilidade de novas ondas de frio.
Além disso, os efeitos devem impactar diretamente a agricultura, sobretudo na Região Sul, que inicia o plantio nas próximas semanas. O setor agrícola brasileiro deve estar atento:
- Região Sul: riscos para a semeadura devido à irregularidade das chuvas.
- Região Norte: atenção à logística agrícola em função do aumento dos níveis dos rios.
- Região Sudeste: temperaturas mais baixas podem afetar o desenvolvimento de algumas culturas.
A equipe de meteorologistas da Climatempo está monitorando as novas atualizações da NOAA e do IRI sobre a possível evolução do La Niña 2025. Fonte: AgroClima. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.