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15/Aug/2025

Conab: 11ª previsão da safra de grãos 2024/2025

De acordo com dados do 11º Levantamento da Safra de Grãos, divulgado nesta quinta-feira (14/08) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção brasileira de grãos na safra 2024/2025 deve alcançar 345,23 milhões de toneladas, representando novo recorde na série histórica da Conab, superando a safra 2022/2023 (320,91 milhões de toneladas). Se comparado com o volume obtido na safra passada 2023/2024, o resultado representa uma alta de 16%, de 47,7 milhões de toneladas e é 1,6% (5,59 milhões de toneladas) maior ante a previsão anterior, do mês passado. O aumento é influenciado pela maior área cultivada no País, com uma alta de 2,5% (81,9 milhões de hectares) e, principalmente, pela recuperação da produtividade média nacional das lavouras, saindo e 3.722 quilos por hectare em 2023/2024 para 4.214 quilos por hectare na temporada 2024/2025.

A produtividade recorde do milho e da soja contribuem para o bom resultado esperado, que juntos representam aproximadamente 43,4 milhões de toneladas, sendo em torno de 21,5 milhões de toneladas o crescimento do milho e cerca de 21,9 milhões de toneladas o incremento da soja. No caso do milho, a expectativa é de uma colheita total de aproximadamente 137,01 milhões de toneladas, a maior já registrada na série histórica da Conab, aumento de 18,6% ante o ano passado (115,50 milhões toneladas). Apenas na 2ª safra de 2025 do grão, são esperados 109,57 milhões de toneladas, aumento de 21,7% em comparação com 2023/2024 (90,06 milhões de toneladas). A colheita da 2ª safra de milho de 2025 já alcança 83,7% da área cultivada, como aponta o Progresso de Safra, aproximando-se da média dos últimos anos, que foi de 84,3%.

Em Mato Grosso, principal Estado produtor do cereal, a colheita se encaminha para a finalização com uma produção estimada de 53,55 milhões de toneladas, o que representa 49% da produção total do milho 2ª safra de 2025 no País. A soja tem produção estimada nesta temporada em 169,66 milhões de toneladas, 14,8% superior à da safra de 2023/2024 (147,74 milhões de toneladas). Os investimentos dos produtores na cultura, a partir da oferta de crédito via Plano Safra, aliado às boas condições climáticas na maioria das regiões produtoras, justificam a produção recorde da oleaginosa no País. Para o algodão, outra importante cultura de 2ª safra, a previsão é de um novo recorde na produção, com 3,93 milhões de toneladas da pluma, aumento de 6,3% ante 2023/2024 (3,70 milhões de toneladas). A boa produtividade média das lavouras e o ganho de 7,3% na área semeada da cultura influenciam no crescimento de 6,3% na atual safra da fibra. A colheita continua em ritmo mais lento que a média dos últimos 5 anos, atingindo 39% da área.

As chuvas e o frio fora de época nos meses de junho e julho, retardaram o processo de maturação, alterando o ciclo de desenvolvimento da cultura. A expectativa é que ao longo do mês de agosto os produtores compensem o ritmo convergindo o porcentual a ser colhido convergindo, em setembro, para os índices das médias históricas para o período. Para o arroz, a estimativa é de 12,32 milhões de toneladas, que corresponde a um aumento de cerca de 1,7 milhão de toneladas em relação à safra anterior, ou 16,5%. Esse crescimento é resultado da expansão de 8,8% na área semeada e das condições climáticas favoráveis, especialmente no Rio Grande do Sul, principal Estado produtor. Para o feijão, a estimativa é de uma queda na produção de 3,5% em relação ao ciclo anterior, alcançando 3,09 milhões de toneladas somadas as 3 safras do grão ante 3,20 milhões de toneladas em 2023/2024.

No segundo ciclo da leguminosa, as condições climáticas desfavoráveis registradas no Paraná, um dos principais Estados produtores, afetaram a qualidade do grão, bem como o rendimento das lavouras. Para a 3ª safra de feijão também é esperada uma redução na colheita. Dentre as culturas de inverno, destaque para o trigo. Mesmo com uma previsão de queda de 16,7% na área semeada, estimada em 2,55 milhões de hectares, a produção deve ficar próxima à estabilidade, podendo atingir 7,81 milhões de toneladas, leve queda de 1% ante 2024 (7,89 milhões de toneladas). As condições climáticas, até agora, são melhores que a ocorrida na safra anterior, o que justifica a um volume colhido semelhante ao registrado em 2024. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.