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15/Aug/2025

Plano de Contingência: medidas complementares

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que medidas complementares ao pacote de socorro dos setores afetados pelo tarifaço dos Estados Unidos serão necessárias dadas as particularidades de cada setor. As medidas que foram anunciadas são as primeiras e, certamente, precisarão de novas medidas complementares pelas particularidades geradas. O suco de laranja, por exemplo, foi retirado do tarifaço, mas não significa que os desdobramentos do setor não vão precisar de correções. Por isso, as medidas anunciadas vão precisar de complementações e o governo está aberto a ouvir o setor para continuar tomando medidas.

O ministro afirmou que as particularidades vão surgir aos poucos, mas que casos específicos de setores e empresas terão tratamento específico. Ele mencionou como exemplo situações de empresas que possam ter de 80% a 90% da produção direcionada aos Estados Unidos, e vão sofrer muito mais do que uma empresa que tenha os Estados Unidos como destino de 20% a 30% da sua produção. Então, esses casos específicos terão tratamento específico. De acordo com Fávaro, o governo já está acolhendo sugestões dos exportadores de ajustes no texto da MP, como a inclusão do café verde para acesso a medidas específicas.

Segundo o ministro, o governo fará agora a implementação das compras públicas para garantir que os produtos perecíveis sejam redirecionados ao mercado interno. As compras governamentais serão voltadas aos setores que, além de crédito e restituição tributária antecipada, precisam de apoio para absorção dos produtos, como a manga, que está em começo de safra. O governo vai colocar recursos para administrar a logística e ampliar o consumo. Por exemplo, acrescentar mais manga na merenda escolar, pescados na merenda escolar, nas compras para as Forças Armadas. Tudo isso faz o consumo, momentaneamente, suprir a demanda daquilo que é destinado para os Estados Unidos, avaliou Fávaro. O ministro voltou a defender o redirecionamento de produtos que potencialmente deixarão de ser exportados aos Estados Unidos.

De acordo com o ministro, a busca por novos e ampliações de mercados será intensificada: “Nunca na história do Brasil abriu-se tanto mercado para a produção brasileira. Chegamos a 400 novos mercados", relatou. Além das medidas de apoio ao setor, Fávaro defendeu a negociação entre Brasil e Estados Unidos. O primeiro ponto é garantir o diálogo e buscar a negociação. Em momento algum, por determinação do presidente Lula, o diálogo foi fechado. Mas, em hipótese alguma, o Brasil vai abrir mão de sua soberania ou negociará aquilo que não é a atribuição do Poder Executivo, como, por exemplo, a intervenção no Poder Judiciário, acrescentou o ministro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.