12/Aug/2025
O dólar fechou em leve alta ante o Real nesta segunda-feira (11/08), em sessão de baixa liquidez e vazia de indicadores, mas com noticiário movimentando no cenário doméstico e externo, o que incluiu novidades sobre o impasse comercial entre Brasil e Estados Unidos. O dólar fechou em alta de 0,18%, a R$ 5,44. Os movimentos do Real foram pressionados pela força da moeda norte-americana no exterior, mas permaneceram restritos a uma faixa estreita. Na cotação máxima do dia, o dólar atingiu R$ 5,45 (+0,45%). Na mínima, a moeda alcançou R$ 5,43 (-0,04%. A oscilação entre a maior e a menor cotação do pregão foi de pouco mais de R$ 0,02. Os pequenos ganhos da divisa dos Estados Unidos ocorreram depois de uma semana em que a moeda recuou cerca de 2% em relação ao Real, na esteira de um movimento de fraqueza global. Segundo a FB Capital, o dia foi de liquidez baixa pela agenda fraca. É natural que não haja tomada de posições mais contundentes.
Os investidores pouco reagiram ao noticiário sobre a disputa comercial entre Brasil e Estados Unidos, com novidades fornecidas principalmente por uma entrevista concedida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à GloboNews. Haddad disse que o pacote do governo para ajudar empresas afetadas pela tarifa de 50% dos Estados Unidos deve incluir linhas de crédito, adiamento de cobrança de tributos, compras governamentais de produtos que seriam exportados e reformas estruturais para estimular vendas ao exterior. O ministro também informou que uma conversa com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, que estava agendada para esta quarta-feira (13/08) e na qual o governo esperava negociar a taxação sobre os produtos brasileiros, foi cancelada pelo governo norte-americano, atribuindo o resultado à articulação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
No cenário externo, também na frente comercial, uma autoridade da Casa Branca relatou que o presidente Donald Trump assinou um decreto para estender em 90 dias o prazo estabelecido para imposição de tarifas mais altas sobre produtos da China. Os agentes ainda se preparavam para uma semana repleta de dados e eventos importantes. Relatório de inflação ao consumidor dos Estados Unidos deve movimentar os mercados nesta terça-feira (12/08), com o foco nas apostas sobre os próximos movimentos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Na frente geopolítica, o destaque será o encontro entre Trump e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, na sexta-feira (15/08), conforme se intensificam as discussões para encontrar uma resolução que encerre a guerra na Ucrânia. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,33%, a 98,556. O Banco Central vendeu 35.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de setembro de 2025. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.