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12/Aug/2025

Agro: disputas internas podem comprometer setor

A Bayer afirmou que disputas internas e mudanças em regras essenciais podem comprometer o ambiente institucional que permitiu ao agronegócio brasileiro se tornar uma potência global. Como exemplos de pontos sensíveis foram citados o crédito rural, a regulação de insumos e sementes, a legislação e as regras para biotecnologia. Questões como a importação de produtos com exigências menores que as aplicadas no Brasil e instrumentos financeiros que afetam o mercado de crédito precisam ser discutidas com cautela. Há 50 anos, o Brasil importava alimentos básicos e hoje ocupa posições de liderança mundial em produtos como soja, suco de laranja, café e derivados de cana-de-açúcar. Esse avanço não se deve apenas a recursos naturais, mas à combinação de quatro fatores: um ambiente institucional sólido, investimentos em infraestrutura, inovação tecnológica e profissionalização da agricultura.

O Brasil tem um ambiente institucional invejável. Comparando o Brasil com a China: a China cultiva mais área agrícola, mas não alcançou o mesmo desempenho. Lá, falta um ambiente institucional. No Brasil, ele foi construído. É importante que haja um pacto entre setor privado e autoridades para manter os fundamentos que garantem competitividade. O agronegócio brasileiro vive um momento de turbulência nunca visto e deve aproveitar a oportunidade da COP30 para reforçar sua imagem de parceiro confiável e sustentável no mercado internacional. Apesar do cenário externo instável, a Bayer continuará investindo no País. A empresa lembrou seus 35 anos de atuação no setor e o papel da agricultura tropical na transformação do Brasil em potência agropecuária.

Essa trajetória de sucesso também trouxe desafios. O setor precisa mostrar que produz de forma sustentável. Investimentos em inovação foram determinantes para conquistas como a expansão do plantio de 2ª safra, viabilizada pelo desenvolvimento de variedades de soja adaptadas ao País. A Bayer vai continuar investindo e contribuindo para a transição energética e para o avanço tecnológico no campo. Mesmo que tensões geopolíticas sejam superadas, o Brasil precisa manter o foco na competitividade interna. Há todo um cenário externo, mas a maior preocupação é: “estamos preparados aqui dentro?" disse. O agro tem condições de preservar e ampliar os ganhos das últimas décadas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.