11/Aug/2025
Produtores e beneficiadores de borracha pediram ao governo federal a manutenção da tarifa de 10,8% aplicada sobre a borracha natural importada de fora do Mercosul. O tema será apreciado pela Câmara de Comércio Exterior (Camex) em reunião em 28 de agosto. Essa alíquota é revisada a cada dois anos. Em 2023, ela foi elevada de 3,2% para 10,8% como socorro à indústria nacional, que enfrentava preços baixos da commodity e entrada do produto importado de países do Sudeste Asiático.
Em julho deste ano, a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip), que representa as indústrias de pneus instaladas no Brasil, pediu à Camex a redução do imposto de importação da borracha natural. O pedido para manutenção da tarifa foi feito pela Associação Brasileira de Produtores e Beneficiadores de Borracha (Abrabor) e pela Cooperativa dos Heveicultores de Guaraçaí e região ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, em encontro na semana passada em Brasília. O Ministério da Agricultura informou que o encontro tratou, entre outros temas, do decreto que institui a Política Nacional da Borracha Natural, pleito de mais de 20 anos do setor da borracha natural.
Fávaro destacou que o diálogo com os produtores é essencial para garantir equilíbrio à produção nacional e isonomia tarifária para os itens produzidos no Brasil. A borracha natural é um insumo utilizado nos segmentos de pneus, luvas, mangueiras, calçados, brinquedos, peças automotivas, acessórios e até próteses. Proteger essa cadeia produtiva é essencial para assegurar empregos, segurança no fornecimento, sustentabilidade e desenvolvimento tecnológico. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.