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08/Aug/2025

Agro brasileiro enfrenta período de tripla pressão

Segundo a Agroconsult, o agronegócio brasileiro atravessa um período de tripla pressão: endividamento elevado, juros altos e margens reduzidas. O cenário é classificado como 'excepcional'. O setor caminha para a terceira safra consecutiva com baixa rentabilidade nas principais cadeias de grãos. Parte do endividamento atual é resultado do ciclo de expansão entre 2019 e 2022, quando mais de 10 milhões de hectares foram incorporados à produção, sobretudo via conversão de pastagens. A ampliação da área coincidiu com a valorização de insumos e posterior queda nas cotações internacionais, reduzindo a geração de caixa. O ambiente de juros é considerado “asfixiante” e sem perspectiva de alívio no curto prazo. Dificilmente voltará o cenário de juros em um dígito. A safra 2024/2025 teve produtividade elevada em diversas regiões, apesar de eventos climáticos adversos pontuais.

Em Mato Grosso, a média de produtividade da soja foi de 66,5 sacas por hectare em mais de 12 milhões de hectares, volume que poderia ter sido maior não fosse o excesso de chuvas no início do ano. A 2ª safra de milho de 2025 também avança com resultados expressivos em regiões pontuais. Mesmo com os bons números, a produtividade não foi suficiente para reverter o aperto financeiro. Para os próximos ciclos, a consultoria projeta crescimento em ritmo mais moderado, mas não vê redução de área. O crescimento será num ritmo mais lento, provavelmente já a partir desta safra 2025/2026. Como resposta ao cenário adverso, é maior organização interna nas empresas rurais e produtores. Tem um trabalho micro para ser feito: melhorar indicadores de gestão, buscar eliminar ineficiências, criar controles. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.