08/Aug/2025

O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) afirmou que, apesar de os Estados Unidos terem saído do acordo do clima, os problemas climáticos continuam. É preciso buscar consenso entre governos e setor privado para que as ações avancem. Mesmo sem os Estados Unidos, o mundo deve agir. Sobre o Brasil, há três desafios a serem enfrentados até 2050: eletricidade, maior integração entre modais de transporte e combustíveis. Esses itens respondem por mais de 70% das emissões do País. Apenas na área de combustíveis o Brasil não deve alcançar emissões zero até 2050.

A International Chamber of Commerce Brasil (ICC) afirmou que eventos climáticos extremos custaram ao mundo US$ 2 trilhões na última década, mas só US$ 78 bilhões foram aplicados em adaptação. A participação do setor privado foi de apenas 8%. É preciso trazer mais o setor privado para esse tema. Mesmo com o progresso que já foi feito ainda existe "muito dever de casa para ser feito". Pesquisa o ICC que mostra que mais de 1,6 bilhão de pessoas ao redor do mundo já foram afetadas pelas mudanças climáticas. As empresas precisam ter mais protagonismo nas adaptações, e a sociedade deve participar desse processo.

Para o chair da Sustainable Business da COP 30 (SB COP30), Ricardo Mussa, a solução climática virá do setor privado. Mussa afirma que uma de suas funções é levar aos governos que estarão na COP30, em Belém, sugestões de temas, mas considera mais importante mostrar o que já acontece no mundo. "Tem muita coisa boa acontecendo ao redor do mundo; estou mais empolgado em mostrar os exemplos do que apenas levar as recomendações para os negociadores da COP30." Muitos projetos apresentados em COPs recebem grande visibilidade, mas não avançam. Seu objetivo é destacar iniciativas que já funcionam, entender por que deram certo e replicá-las. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.