08/Aug/2025
Segundo o relatório anual divulgado nesta quinta-feira (07/08) pela Organização Mundial do Comércio (OMC), o comércio global registrou forte expansão em 2024, mas enfrenta uma perspectiva mais incerta para 2025. O volume de comércio de mercadorias cresceu 2,9% em 2024 e superou o avanço do PIB global (2,8%) pela primeira vez desde 2017, exceto pelo período de recuperação pós-Covid19. Já o comércio de serviços comerciais aumentou 6,8% em volume e 9% em valor. A entidade, no entanto, reduziu suas previsões para 2025. As tarifas em alta e a incerteza nas políticas comerciais levaram os economistas da OMC a revisarem para baixo suas projeções, apontando agora para uma leve contração de 0,2% no comércio de bens e crescimento de apenas 4% nos serviços.
Apesar do bom desempenho em 2024, a Europa foi a única região com queda nas exportações e importações. O comércio dentro da União Europeia (UE) caiu 3,2%, pressionando os números globais. Excluindo o bloco, o crescimento mundial de bens foi de 4,3%. A China manteve a liderança nas exportações, com US$ 3,58 trilhões, enquanto os Estados Unidos lideraram as importações, com US$ 3,36 trilhões. Um dos destaques foi a ampliação do superávit comercial da China em cerca de 20%, para US$ 990 bilhões, impulsionado pela fraca demanda interna. O excedente com os Estados Unidos subiu 7%, mas aumentos maiores foram registrados com outros parceiros, como a União Europeia (12%).
No comércio de serviços, o setor de viagens cresceu 13% e os serviços digitais, como computação e finanças, avançaram 8,3%, atingindo US$ 4,64 trilhões. A OMC destacou que os serviços digitais representaram 14,5% das exportações mundiais de bens e serviços. Mesmo não sendo diretamente afetado por tarifas, o setor de serviços também sente os efeitos. A desaceleração no comércio de bens reduz a demanda por serviços relacionados, como transporte e logística. A previsão inicial de alta de 5,1% para os serviços foi reduzida para 4%, embora com alguma melhora após abril, diante de mudanças recentes nas políticas comerciais. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.