07/Aug/2025

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, acredita que mais produtos agropecuários possam ser incluídos na lista de exceção à sobretaxa de 40% imposta pelos Estados Unidos a produtos importados brasileiros, que entrou em vigor nesta quarta-feira (06/08). “O bom diálogo, como já aconteceu, por exemplo, no caso do suco de laranja, para o qual já foi encontrada uma solução, vai prevalecer. Vamos superar o desafio das carnes, do café, do mel, do pescado e dos demais produtos", disse o ministro. 80% das exportações agropecuárias brasileiras ao mercado norte-americano foram afetadas pela tarifa de 50%, enquanto apenas 18% entraram na lista de exceção e ficaram sujeitas à tarifa de 10% em vigor desde 5 de abril.

Entre os principais produtos do agronegócio exportados aos Estados Unidos, suco de laranja, celulose e castanha foram poupados da sobretaxa de 40%, ficando apenas expostos à tarifa de 10%. Entretanto, café, carne bovina, frutas, pescados, açúcar e etanol e cacau seguem no tarifaço. Há ainda expectativa de que café, cacau e frutas tropicais possam entrar na lista de exceções, por serem produtos não cultivados nos Estados Unidos. Mas, a exceção tende a ser para todos os países e não restrita ao Brasil. A carne bovina é considerada mais difícil de ser incluída pelo fato de os Estados Unidos serem um grande player do setor. O governo brasileiro já sinalizou que vai buscar negociar a lista de exceções para ampliar o rol de produtos isentos dos 40%.

Apesar do impacto do tarifaço na exportação dos produtos agropecuários aos Estados Unidos, o ministro acredita em reacomodação das remessas a outros mercados e até mesmo absorção pelo mercado interno, mas sem impacto expressivo nos preços dos alimentos. Não se deve esperar que o mercado se estrangule. O mercado brasileiro é muito forte, sendo que 70% dos produtos agropecuários são destinados ao consumo interno e, então, há uma estabilidade doméstica, além da garantia de redirecionamento a outros mercados, observou o ministro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.