05/Aug/2025
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, afirmou que o governo brasileiro está avaliando novos mercados para escoamento dos produtos exportados para os Estados Unidos, em face da sobretaxa confirmada por aquele país na semana passada. Alckmin e o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniram com representantes do agronegócio brasileiro nesta segunda-feira (04/08), na sede do MDIC. Além da redução da alíquota e/ou da ampliação da lista de isenção, Alckmin disse ter conversado com os setores sobre a possibilidade de abertura de novos mercados.
Há uma possibilidade muito boa com União Europeia e Reino Unido, porque houve bloqueio por questão sanitária, que pode ser superada. O ministro Fávaro, por sua vez, disse que há 398 novos mercados. Há algumas oportunidades para ampliar isto neste momento. São mercados importantes que estão gradativamente na fila de finalizar o protocolo sanitário. Ele citou como exemplo a retomada da exportação de pescado para o Reino Unido e para a comunidade europeia. É um processo que o governo vai intensificar para minimizar os impactos e isso é estruturante, porque coloca o Brasil, cada vez mais, nas oportunidades internacionais, defendeu o titular da Agricultura.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Brasil continuará com sua política multilateral e de abertura de mercados. O Brasil tomou, no primeiro governo Lula, uma decisão que produziu os seus efeitos concretos: hoje depende muito menos de um país determinado. Obviamente que a China ganhou um destaque muito grande, mas o Brasil hoje é menos dependente de um único país, porque, em primeiro lugar exporta muito mais do que exportava no começo do século. O Brasil hoje é um player global muito importante. Em segundo lugar, diversificou as exportações e a cada dia o presidente Lula anuncia um novo mercado para produtos brasileiros. Foram mais de 300 mercados abertos em dois anos e meio.
Haddad salientou que apenas 12% da pauta de exportação doméstica é com os Estados Unidos e previu que essa fatia pode cair ainda mais em função do tarifaço. Então, a ideia é continuar nessa política multilateral, abrindo o mercado, sem dependência externa. Segundo o ministro, sem ter mais dívida externa e com "uma das maiores" reservas cambiais do mundo, o País tem condição e tamanho para navegar no mundo turbulento com a serenidade necessária. Ele aproveitou o momento para elogiar a diplomacia, salientando que o Itamaraty tem uma história de sucesso muito respeitada no mundo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.