01/Aug/2025
A Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) afirmou ver "com muita apreensão" o processo negocial envolvendo a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos a diversos produtos do agronegócio brasileiro. Segundo a entidade, a sobretaxa afeta cadeias como café, açúcar, carnes, frutas, pescados e máquinas agrícolas, que ficaram de fora da lista de exceções divulgada pelo governo norte-americano. Não há respaldo técnico ou comercial para tamanha taxação, e quando as medidas descolam da lógica econômica os prejuízos se espalham para além das fronteiras e testam a resiliência das relações internacionais. As tarifas foram oficializadas por ordem executiva assinada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na quarta-feira (30/07). O decreto prevê alíquota de 50% para parte da pauta exportadora do Brasil. Cerca de 40% das exportações brasileiras para o país foram poupadas, como petróleo, celulose, aviões e suco de laranja. O restante permanece sujeito à taxação elevada.
O momento exige a análise dos impactos econômicos e sociais, além da construção de estratégias de defesa comercial do Brasil e do agro. A entidade afirmou ser fundamental que o governo brasileiro adote medidas estruturantes para mitigar perdas dos setores atingidos e reforçar a sua competitividade. A associação também defendeu a ampliação e a consolidação de mercados internacionais. A abertura de novos mercados segue essencial, assim como o fortalecimento de destinos já consolidados, para médio e longo prazos, mas devem permanecer no centro da agenda de internacionalização do agro. Por fim, a Abag destacou o papel do setor privado diante do novo cenário. É importante reconhecer o papel ativo das empresas e associações representativas dos segmentos específicos do agronegócio impactados na condução e articulação do novo cenário vivido. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.