01/Aug/2025

Segundo levantamento do Itaú BBA, os investimentos em startups de tecnologia voltadas ao agronegócio somaram R$ 1,13 bilhão no Brasil em 2024. O valor foi distribuído em 50 rodadas, com concentração em operações de menor porte e menor risco, reflexo de uma postura mais cautelosa por parte dos investidores no setor. Apenas três aportes ultrapassaram R$ 100 milhões no ano. A maior parte do capital foi destinada a empresas em estágio inicial (early stage), com destaque para soluções classificadas como 'antes da porteira', categoria que abrange produtos, serviços e tecnologias voltadas à preparação da produção agrícola. Entre os destaques, estão startups que desenvolvem defensivos e fertilizantes com base em nanotecnologia e biotecnologia. Na sequência, ganharam relevância as agfintechs, empresas que oferecem soluções financeiras para o campo. O estudo aponta o crescimento de ferramentas baseadas em inteligência artificial e machine learning voltadas à gestão de risco na concessão de crédito ao produtor rural.

O ecossistema de inovação no agronegócio brasileiro vem crescendo de forma consistente. As tecnologias classificadas como "dentro da porteira", aplicadas diretamente à produção durante a safra, também registraram avanços. O levantamento destaca o crescimento de plataformas de análise de dados para apoio à tomada de decisão no campo e o desenvolvimento de equipamentos voltados ao uso direto nas propriedades rurais. O segmento "depois da porteira", que envolve comercialização e distribuição de produtos agrícolas, apresentou recuo nos aportes recebidos. Segundo o relatório Radar AgTech Brasil da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a participação dessas startups vem diminuindo desde 2019, movimento que também se refletiu nos investimentos de 2024. Uma das exceções foi o avanço do uso de blockchain como ferramenta de rastreabilidade de commodities e conexão com ativos digitais. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.