31/Jul/2025
O senador Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da comitiva de senadores que foram aos Estados Unidos para debater as tarifas impostas a produtos brasileiros, afirmou que tem sido feito apelo a todos os envolvidos, empresas que doaram ou não para o Comitê de Trump para aliviar o tarifaço de Trump ao Brasil. A Pilgrim's Pride, subsidiária da JBS, doou US$ 5 milhões para o comitê do presidente Trump. O valor superou a cifra que big techs como Apple, Amazon, Meta e Google repassaram para o republicano. O apelo foi feito para todos os empresários. Tanto os que doaram, quanto os que nos doaram, que apoiam ou que não apoiam, porque o estrago vai bater em todos. Os senadores pediram um foco de ação. A ideia é postergar o prazo, para que tenha condições de ter diálogo. Sem conversar, não é possível chegar a qualquer entendimento.
O senador Fernando Farias (MDB-AL) defendeu que empresas brasileiras com investimentos nos Estados Unidos, como é o caso de JBS, Weg e Embraer, façam pressão n governo dos Estados Unidos contra as tarifas de 50% ao Brasil. O mesmo vale para companhias norte-americanas com relação com o País como Cargill, Exxon e Caterpillar. Na sua visão, essa é a "coisa mais rápida" que pode ser feita para evitar que o Brasil seja impactado com a tarifaço de 50% do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no curto tempo que resta para a entrada em vigor das tarifas. A cobrança está prevista para ser iniciada nesta sexta-feira (1º/08). Trump reiterou que o prazo aos países não será postergado. A comitiva de senadores viajou aos Estados Unidos para uma série de reuniões com parlamentares e empresários norte-americanos a fim de fazer pressão sobre Donald Trump por um adiamento do início da vigência das novas tarifas.
Segundo a senadora Tereza Cristina (PP), a viagem é o início de uma série de conversas e o grupo sai com o dever cumprido de azeitar a relação entre os Congressos dos dois países. Nelsinho Trad afirmou que o encontro com o senador republicano Lindsey Graham, apoiador de Donald Trump, não aconteceu em Washington porque o parlamentar não apareceu à reunião agendada. Trad minimizou eventual influência do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que afirmou que trabalharia para atrapalhar o diálogo dos senadores brasileiros na capital norte-americana. Fontes comentam nos bastidores, porém, que encontros que estavam sendo agendados com os senadores republicanos Rick Scott, da Flórida, e Ted Cruz, do Texas, não foram realizados em meio à pressão de Eduardo Bolsonaro. Diante das críticas que a missão brasileira aos Estados Unidos recebeu, ele afirmou que a comitiva "tinha de vir". Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.