30/Jul/2025
O senador norte-americano democrata Tim Kaine pretende apresentar uma resolução contra a taxação de 50% do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos produtos brasileiros. A cobrança começa na próxima sexta-feira, dia 1º de agosto. Há a expectativa de que Donald Trump assine em breve uma ordem executiva com as justificativas legais para taxar o País. "Assim que a Casa Branca enviar a comunicação ao Congresso sobre a justificativa legal para isso, se for uma declaração de emergência, vou contestá-la imediatamente como não sendo realmente uma emergência", disse o senador de Virginia. O parlamentar afirmou que só pode fazer isso após o envio da ordem de Trump ao Senado, o que não foi feito ainda. A medida em favor do Brasil pode seguir a linha da resolução capitaneada por Tim Kaine contra as tarifas de Trump ao Canadá.
A medida foi aprovada pelo Senado em abril, mas não foi submetida à votação no plenário da Câmara dos Representantes. O senador democrata Michael Bennett, do Colorado, afirmou que as tarifas de 50% ao Brasil "não são úteis para ninguém". "Todos nós expressamos a opinião de que o Brasil e os Estados Unidos são aliados muito próximos, que nossas economias estão muito interligadas e que essas tarifas não são úteis para ninguém", afirmou Bennett. O senador também demonstrou preocupação com os impactos do tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a economia norte-americana. É importante para o governo dos Estados Unidos entender a natureza problemática dessas tarifas para própria economia norte-americana, concluiu o senador democrata.
Ainda, o economista Joseph Stiglitz, prêmio Nobel de Economia, afirmou que o Brasil se recusou a se submeter à intimidação dos Estados Unidos, em artigo assinado para o Project Syndicate. Segundo o especialista, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu a soberania de seu País não apenas no domínio do comércio, mas também na regulamentação de plataformas tecnológicas controladas pelos Estados Unidos. "Sob a liderança de Lula, o Brasil escolheu reafirmar seu compromisso com o Estado de direito e a democracia, mesmo quando a América parece estar renunciando à sua própria Constituição", escreveu. Stiglitz mencionou que é esperado que outros líderes de países grandes e pequenos demonstrem bravura semelhante à brasileira diante da "intimidação" dos Estados Unidos. "Trump minou a democracia e o estado de direito nos Estados Unidos, talvez de forma irreparável. Ele não deve ter permissão para fazer o mesmo em outros lugares", argumentou. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.