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30/Jul/2025

Líderes europeus criticam acordo firmado com EUA

O acordo comercial da União Europeia com os Estados Unidos gerou críticas de líderes de países-membros do bloco europeu. Carros, vinhos e itens de luxo são alguns dos setores-chave da economia europeia afetados pelas tarifas de 15%. Segundo o Conselho Europeu, no ano passado, os países negociaram US$ 2 trilhões. Pelo pacto anunciado, as tarifas para produtos exportados do bloco para os Estados Unidos vão ficar em 15%. O governo da França foi o mais estridente e disse ser contra o acordo. Para os líderes franceses, o bloco europeu deveria retaliar as taxas do presidente norte-americano, Donald Trump, alertando que a Europa saiu da mesa de negociações politicamente enfraquecida. "É um dia sombrio quando uma aliança de povos livres, reunidos para afirmar seus valores e defender seus interesses, resolve se submeter aos Estados Unidos", escreveu o primeiro-ministro François Bayrou em redes sociais.

As constantes ameaças de Trump encontravam a maior rejeição no presidente francês, Emmanuel Macron, que defendia que a única saída para o bloco era impor tarifas aos Estados Unidos como forma de demonstrar força. Benjamin Haddad, ministro francês responsável por assuntos europeus, sugeriu que o acordo comercial de Trump constituía uma "tática predatória". "O livre-comércio que trouxe prosperidade compartilhada a ambos os lados do Atlântico desde o fim da 2ª Guerra está agora sendo rejeitado pelos Estados Unidos, que optaram pela coerção econômica e pelo completo desrespeito às regras da OMC, escreveu em rede sociais. O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, afirmou que valoriza os esforços feitos pela Comissão Europeia e apoia o acordo tarifário, mas "sem nenhum entusiasmo". Ele defendeu que os europeus "precisam agir em conjunto" e devem diversificar suas relações comerciais e citou o Mercosul. Na semana passada, estive em dois países que fazem parte do Mercosul. Eu acredito que esse é o caminho, temos de diversificar nossas relações comerciais, fazer isso com regiões e blocos."

A associação da indústria alemã VDMA, que representa mais de 3,6 mil empresas, instou a União Europeia e os Estados Unidos a lidarem com o acordo "não como um 'novo normal". "A União Europeia deve agora fortalecer consistentemente sua competitividade, expandir o mercado interno, aumentar sua independência em defesa e matérias-primas, se afirmar como um espaço econômico aberto e concluir acordos comerciais com novos parceiros", escreveu o presidente da associação, Bertram Kawlath, em comunicado. Para a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, o acordo foi "positivo", pois avalia que "uma escalada comercial teria consequências imprevisíveis e potencialmente devastadoras". A líder italiana afirmou que "ainda há uma luta a ser travada", pois é preciso garantir que setores mais sensíveis sejam preservados. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.