29/Jul/2025
O Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR), Jamieson Greer, afirmou que o país está em uma boa posição com os acordos econômicos já alcançados e lida firmemente com as negociações restantes. "Não nos sentimos pressionados a fazer mais acordos com outros parceiros comerciais", afirmou. Segundo ele, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prefere alcançar bons termos, do que finalizar os pactos comerciais rapidamente. "Queremos ver quão ambiciosos os outros países estão dispostos a ser. Mas Trump está satisfeito com as tarifas e terá o prazer de enviar cartas com as alíquotas, caso não haja acordo", afirmou. Greer, contudo, evitou prever qual será o nível da tarifa para os parceiros comerciais restantes.
O representante comercial afirmou que o governo ainda estuda se emitirá uma tarifa única ou fará outro tipo de arranjo. Greer ressaltou que os acordos são "ótimos" para os Estados Unidos ao corrigir desvantagens, mas também são "bons" para os parceiros comerciais. "É assim que acabaremos com o déficit comercial e vamos fortalecer nossa indústria", disse. "Queremos que os países abram completamente, ou quase, os seus mercados". O representante comercial sugeriu que este pode ser um dos impasses em relação a um acordo comercial com a Índia. Questionado, Greer disse que continua a conversar com autoridades indianas, mas que mais negociações são necessárias para saber "o quão ambiciosos nossos amigos querem ser".
Greer descartou ter preocupações sobre impactos negativos das tarifas, apontando que a economia dos Estados Unidos continua resiliente e que os mercados estão "suportando" os efeitos até o momento. Na visão dele, as tarifas fazem sentido e estão mudando positivamente a indústria norte-americana, de modo a diminuir o desemprego e aumentar a renda. Jamieson Greer afirmou que as negociações com a União Europeia (UE) sobre tarifas relativas ao aço e outros setores continuarão mesmo após o acordo firmado neste fim de semana. Greer também comentou as negociações com a China e disse não esperar um "avanço enorme", mas continuidade nas ações para reequilibrar o comércio bilateral. Greer destacou como positiva a redução de barreiras tarifárias e outras restrições comerciais da União Europeia sobre produtos norte-americanos industriais e agro.
No entanto, o representante afirmou que continua a trabalhar para garantir a redução de impostos sobre produtos de serviços digitais no bloco. Em relação a metais, o foco é garantir que a Europa proteja suas cadeias de oferta da "capacidade excessiva de produção de terceiros". Em relação à China, Greer disse que as negociações ocorrem de maneira respeitosa e reiterou que os Estados Unidos estão em uma "boa posição". A prioridade é garantir que os fluxos de minérios críticos continuem fluindo e questões como a capacidade de produção chinesa também devem ser abordadas, em busca do "equilíbrio" do comércio entre as nações. O representante comercial reconheceu que há interesse para um encontro entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, mas que ainda não há previsão na agenda dos líderes. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.