28/Jul/2025
O dólar fechou a sexta-feira (25/07) em alta ante o Real acompanhando o avanço quase generalizado da moeda norte-americana no exterior, enquanto no Brasil os agentes seguiram à espera de novidades sobre o tarifaço dos Estados Unidos. A moeda norte-americana fechou com alta de 0,74%, a R$ 5,56. Na semana passada, porém, a divisa acumulou baixa de 0,45%, voltando a registrar uma queda semanal após duas semanas de altas em função do anúncio, em 9 de julho, da tarifa de 50% dos Estados Unidos sobre os produtos brasileiros. No ano, o dólar acumula baixa de 9,98%. O dólar oscilou em alta durante praticamente toda a sessão, puxada pelo avanço da divisa também no exterior. A proximidade do início da cobrança, pelos Estados Unidos, de uma série de tarifas sobre produtos de boa parte de seus parceiros comerciais, em 1º de agosto, seguiu permeando os negócios. As notícias eram de que os Estados Unidos estão distantes de um entendimento com o Canadá.
Internamente, a sensação entre os agentes era de que o Brasil ainda não saiu do lugar em sua tentativa de negociar com os Estados Unidos, a uma semana no início da tarifa de 50%. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva repetiu que o Brasil quer negociar. Reportagem da agência Bloomberg informando que o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está preparando a base legal para a cobrança de tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros fez o dólar atingir o pico da sessão. Após a cotação mínima de R$ 5,51 (-0,02%), logo após a abertura, o dólar marcou a máxima de R$ 5,57 (+0,97%), sob efeito da reportagem a respeito da preparação dos Estados Unidos. Depois disso, a moeda encerrou em nível um pouco mais baixo.
Desde o anúncio de Trump, o dólar acumulou alta de 2,12% no Brasil, ou R$ 0,12, mas alguns profissionais acreditam que haverá espaço para mais ajustes de alta, caso a tarifa contra o Brasil seja de fato cobrada a partir de 1º de agosto. Segundo a Manchester Investimentos, o mercado já vem colocando no preço do dólar (a tarifa dos Estados Unidos) e isso é observado nas últimas semanas, mas é um preço com alguma cautela ainda, não tem uma precificação completa. Os dados divulgados pelo Banco Central mostraram um retrato desfavorável para o setor externo no mês de junho, antes mesmo do tarifaço contra o Brasil. O País teve déficit em transações correntes de US$ 5,131 bilhões em junho. Para completar, os investimentos diretos no País não compensaram este déficit mensal, ao atingirem apenas US$ 2,810 bilhões em junho, abaixo das projeções. No exterior, o rendimento do Treasury de dez anos (referência global para decisões de investimento) caía 2 pontos-base, a 4,386%. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.