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28/Jul/2025

Brasil busca caminhos para evitar tarifaço dos EUA

Os governos do Brasil e dos Estados Unidos mantiveram "conversas reservadas" nos últimos dias e negociaram caminhos para evitar que o tarifaço de 50% anunciado pelo presidente americano, Donald Trump, sobre todas as exportações brasileiras entre efetivamente em vigor no próximo dia 1º de agosto. Foi a primeira vez que o tom do diálogo saiu do "perde-perde" para o do "ganha-ganha", sem nenhum tipo de implicação no campo jurídico, como definiu o vice-presidente Geraldo Alckmin. Alckmin se reuniu na semana passada, por videoconferência, com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick. "Foi uma conversa longa, de aproximadamente 50 minutos. Destaquei que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem orientado a negociação, sem contaminação política nem ideológica", disse Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

A promessa de sobretaxa que surpreendeu o Palácio do Planalto e o Itamaraty foi feita em 9 de julho por Trump, e misturou dados comerciais equivocados (como a informação de que o Brasil teria superávit no comércio com os Estados Unidos, o que não é o correto) com o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O Brasil ofereceu acenos para ampliar significativamente os laços comerciais e de investimentos entre os dois países. Alckmin disse ainda que uma das propostas apresentadas por empresários para dar "materialidade" ao objetivo de expansão dos negócios com os norte-americanos foi dobrar a relação bilateral de comércio nos próximos cinco anos.

Os Estados Unidos são o segundo parceiro comercial para o qual o Brasil mais exporta, atrás apenas da China. A balança comercial do País com os americanos teve déficit de US$ 590 milhões, em junho passado, e de US$ 1,67 bilhão no acumulado do primeiro semestre deste ano. Isso significa que a economia brasileira importa mais do que exporta para os Estados Unidos. Assim como na lista das exportações, os Estados Unidos também ocupam o segundo lugar entre os países dos quais o Brasil mais importa, de novo atrás somente da China. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.