28/Jul/2025
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) subiu 0,33% em julho, após ter avançado 0,26% em junho. Com o resultado, o IPCA-15 registrou um aumento de 3,40% no acumulado do ano. Em 12 meses, a alta foi de 5,30%, ante taxa de 5,27% até junho. O IPCA-15 de julho (0,33%) é o maior para o mês desde o ano de 2021. O índice voltou a acelerar em julho após três meses consecutivos de desaceleração. O IPCA-15 de julho também é mais alto desde maio de 2025, quando o indicador marcou 0,36%. Da mesma forma, o indicador em 12 meses é o mais alto desde maio.
Os preços de Alimentação e bebidas caíram 0,06% em julho, após queda de 0,02% em junho. O grupo deu uma contribuição negativa de 0,01 ponto porcentual para o IPCA-15. Entre os componentes do grupo, a alimentação no domicílio teve queda de 0,40% em julho, após ter recuado 0,24% no mês anterior. A alimentação fora do domicílio subiu 0,84%, ante alta de 0,55% em junho. Contribuíram para esse resultado as quedas da batata-inglesa (-10,48%), da cebola (-9,08%) e do arroz (-2,69%). No lado das altas, destacou-se o tomate (6,39%) após a queda de 7,24% no mês anterior. A alimentação fora do domicílio subiu 0,84% em julho, acelerando a alta, que em junho foi de 0,55%. Pesaram a aceleração do lanche (de 0,32% em junho para 1,46% em julho) e da refeição, que passou de 0,60% em junho para 0,65% em julho.
Os preços de Transportes subiram 0,67% em julho, após alta de 0,06% em junho. O grupo deu uma contribuição positiva de 0,14% para o IPCA-15, que subiu 0,33% no mês. Os preços de combustíveis tiveram queda de 0,57% em julho, após recuo de 0,69% no mês anterior. A gasolina caiu 0,50%, após ter registrado queda de 0,52% em junho, enquanto o etanol recuou 0,83% nesta leitura, após queda de 1,66% na última. Os preços de Habitação subiram 0,98% em julho, após avanço de 1,08% em junho. Foi o maior impacto positivo no IPCA-15. O grupo deu uma contribuição positiva de 0,15% para o IPCA-15, que subiu 0,33% no mês. A energia elétrica, principal impacto individual no índice, subiu 3,01% em julho (0,12%), após subir 3,29% no mês anterior. O item é afetado pela vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 1, com a cobrança adicional de R$ 4,46 a cada 100kwh consumidos. A taxa de água e esgoto teve avanço de 0,25% em julho, após alta de 0,94% em junho.
O grupo Saúde e cuidados pessoais subiu 0,21% em julho (impacto de 0,03%), desacelerando a alta, que em junho foi de 0,29%. O destaque no grupo Saúde ficou por conta da variação do subitem plano de saúde (0,35%), que reflete a incorporação dos reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Despesas pessoais, por sua vez, tiveram alta de 0,25%, com impacto de 0,03%. No grupo, se destacou o reajuste de jogos de azar (3,34%). No mês de junho, o incremento do grupo foi de 0,19%. Também foi registrada alta no grupo Comunicação, de 0,11%, com impacto zero. O grupo oscilou 0,02% em junho. O grupo de Educação teve variação zero, e o de vestuário caiu 0,10% (impacto zero), após subir 0,51% em junho. Também houve oscilação negativa (0,02%, impacto zero) em Artigos de residência, após avanço de 0,11% no mês passado.
As principais contribuições para alta do IPCA-15 foram: energia elétrica (+0,12%), que avançou 3,01%, e passagem aérea, que disparou 19,86% (+0,11%). Transporte por aplicativo também teve alta vigorosa, de 14,55%, mas com contribuição mais modesta (+0,03%). Na outra ponta, gasolina, que recuou 0,5% (-0,03%); batata inglesa, que caiu 10,48% (-0,02%) e perfume (-0,02%), que recuou 1,54%, aliviaram o indicador. Também foram registrados recuos no gás veicular (-1,21%); diesel (-1,09%) e etanol (-0,83%). Dos nove grupos pesquisados, três tiveram queda em julho: Alimentação e bebidas (-0,06%), Artigos de residência (-0,02%) e Vestuário (-0,10%). Além de Habitação (0,98%), quatro dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em julho: Transportes (0,67%), Despesas pessoais (0,25%), Saúde e cuidados pessoais (0,21%) e Comunicação (0,11%). O grupo Educação não teve variação. Das 11 regiões pesquisadas, 10 tiveram alta nos preços neste mês. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.