28/Jul/2025

Segundo a Capital Economics, a série de acordos comerciais anunciados pelos Estados Unidos nos últimos dias sugere que uma tarifa de 15% deve substituir o antigo piso de 10% como novo padrão. O movimento ocorre às vésperas do "grande reset tarifário" previsto para 1º de agosto. O acordo fechado com o Japão na semana passada e outro "próximo" com a União Europeia são particularmente relevantes por envolverem juntos, cerca de um quarto de todas as importações de bens dos Estados Unidos. Para países como México, China e Canadá, a urgência é menor, desde que as isenções do USMCA para os países vizinhos permaneçam em qualquer novo regime tarifário. No caso da China, a trégua comercial em vigor expira em 12 de agosto e há expectativa de prorrogação após reuniões em Estocolmo, na Suécia.

Nos termos negociados, Estados Unidos, Japão e União Europeia devem adotar uma tarifa recíproca de 15%, com destaque para a redução de tarifas sobre veículos de 25% para 15%. É uma vitória clara para o Japão, onde quase um terço das exportações aos Estados Unidos são de veículos e autopeças. Para a União Europeia, o impacto também é relevante, dado que cerca de 10% de seus embarques aos Estados Unidos estão na mesma categoria. A estimativa de tarifa efetiva média dos Estados Unidos é 15%. Isso porque, mesmo com o padrão subindo de 10% para 15%, sinais de que o governo está disposto a aliviar tarifas específicas por produto são positivos. O maior risco está no setor farmacêutico, que representa mais de 20% das exportações da União Europeia para os Estados Unidos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.